Veículo concedido a deputado do Aurora Dourada pelo Parlamento foi usado em ataque de batalhão de assalto neonazista ao centro social ocupado Synergeio
Em 10 de julho de 2013 um batalhão de assalto de uns sessenta neonazistas armados que iam em motos e carros realizou um ataque ao centro social auto-organizado Synergeio (Oficina) no bairro de Atenas Iliúpoli. Em nosso post relativo a isso, havíamos publicado fotos de dois deputados do partido neonazista Aurora Dourada, que haviam participado no ataque. Também, no mesmo post mencionamos que o ataque, a marcha motorizada e a retirada dos fascistas armados com paus, porretes e barras de ferro, se realizaram na presença e sob a proteção de policiais da equipe motorizada da Polícia.Estes policiais motorizados se foram assim que acabou a agressão dos fascistas. Os policiais de um carro patrulha que chegou ao local um pouco antes da retirada das motos e dos carros dos agressores, anotaram o número da placa de umas das motos e de um carro que haviam participado no ataque. Antes de 31 de julho de 2013 se comprovou que o carro pertencia a uma empresa de arrendamento financeiro (leasing).
Quando esta empresa foi questionada por escrito sobre a identidade do arrendatário, respondeu em 3 de setembro de 2013 que o arrendatário era o Parlamento. O Parlamento, no entanto, não foi tão rápido em responder a pergunta sobre quem era o deputado usuário do veículo. Demorou seis meses para tornar públicos seus dados. Em 28 de fevereiro de 2014 tornou-se público que o deputado era Ioannis Lagós, um dos fascistas do grupo parlamentar do partido neonazista Aurora Dourada que é visto nas fotos dos neonazis tiradas durante a agressão de 10 de julho de 2013.
O carro foi concedido ao deputado neonazista em 5 de julho de 2012, que poderá utilizá-lo até pelo menos 30 de setembro de 2014. Em outras palavras, estava em sua posse quando os sessenta fascistas (incluindo ele e outro deputado neonazi) atacaram o centro social ocupado, e não duvidou em usá-lo no ataque.
Os neonazistas que foram retidos um pouco depois do ataque não foram acusados. Umas horas depois de sua retenção, todos foram deixados em liberdade pela Polícia. O deputado neonazista em uma mensagem que enviou ao telefone celular de outro fascista se gabava de haver recolhido aos retidos na delegacia e de colocá-los em liberdade. Notamos que tampouco dito sujeito ainda não foi acusado de sua participação na agressão.
Ao mesmo tempo saem à luz mais dados sobre o suposto caráter “anti-sistêmico” da gangue fascista. Georgios Rupakiás, líder do batalhão de assalto e assassino do antifascista Pavlos Fyssas, quando foi detido declarou que não era membro do Aurora Dourada. Em documentos que publicaram faz uns dias vários meios de comunicação, em uma lista dos nomes dos encarregados de cada organização local da gangue fascista, seu nome figura ao lado do nome do chefe da organização local do Aurora Dourada no bairro onde aconteceu o assassinato.
Segundo outros dados publicados nos meios de comunicação, pelo menos cinco deputados do Aurora Dourada fizeram uso dos privilégios dos que podem gozar os deputados do Parlamento. Ao mesmo tempo que saem na TV e no rádio “denunciando” aos políticos e seus privilégios, receberam cinco empréstimos sem juros, de valores que oscilam entre os 10.000 e 15.000 euros. Também, quase todos os deputados deste partido participam em dezenas de comitês ao mês, cobrando 150 por cada participação.
Fonte .ANA
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