sábado, 26 de janeiro de 2013

Fevereiro Negro: Campanha de solidariedade para com os espaços libertados e os/as companheiros/as anarquistas em todo o mundo

fevnoi 


Apelamos para uma campanha mundial de acções directas de solidariedade com os espaços libertados do 2 a 12 de Fevereiro de 2013. Mas não queremos ficar por aí ao fim de um par de acções, trata-se de muito mais do que apenas uma reacção à repressão. Esta é uma chamada a todos/as os/as anarquistas e anti-autoritários/as para LUTAR AGORA em todo o mundo.

Embora tivesse sido a investida recente do Estado grego contra o espectro anarquista /anti-autoritário a faísca inicial que nos levou a escrever este apelo, múltiplos exemplos por todo o mundo nos mostram que a polícia e as autoridades municipais, juntamente com as mega corporações, estão a cooperar de forma excelente umas com as outras, atacando as estruturas solidárias e pacificando as sociedades a nível transnacional.

Durante as últimas semanas e nos meses mais recentes, nalgumas partes do mundo,onde as pessoas sofrem os efeitos de um empobrecimento sistemático e de um plano alargado de gentrificação, o Estado /Capital incrementaram os seus ataques aos movimentos radicais, incluindo a repressão contra determinadas formas de resistência, como sejam as ocupações de terras, projectos autónomos, ocupações de sedes corporativas ou greves. Portanto,é importante que também se conectem as nossas lutas a nível mundial e contra-ataquemos aqui e agora. Para ti, a faísca poderia ser agir em resposta aos ataques contra os espaços ocupados da tua zona. Actua nas ruas e deixa voar a imaginação de forma a difundir a mensagem da resistência activa.

Os nossos/as compas continuam a ser presos/as em todo o mundo. Muitos dos nossos espaços auto-geridos estão a ser assaltados ou desalojados, a nossa infraestrutura está sob assédio e os nossos meios de contra-informação ou são censurados ou lhes criam constantemente dificuldades. Sempre que expressamos as nossas ideias em público, lá estão os robocops uniformizados à espreita em cada esquina. Os aparelhos de vigilância seguem todos e cada um dos nossos passos enquanto o Estado conta com o apoio de hordas fascistas armadas… Mas a nossa luta existencial vai além da defesa de espaços sólidos.

Dessa forma, já está na hora de se dizer basta ao derrotismo permanente. A guerra social irrompe, independentemente de desocupações ou detenções. Não há fronteiras nos nossos corações. Por cada projecto destruído, outros dois deveriam surgir em qualquer parte do mundo. Por cada compa encarcerado/a, as nossas acções que tomem a palavra.

Desperta, participa, torna-te selvagem!
Guerra à guerra dos poderosos!

POR UM FEVEREIRO NEGRO

pt.contrainfo.espiv.net

[Atenas - Grécia] Atenas: Assalto da polícia na Ocupa Lelas Karagianni 37

Na faixa acima lê-se: “O FASCISMO NÃO DEVE PASSAR. NO PASARAN!” e no outro abaixo: “24 ANOS OCUPA LK37”
Em 15 de Janeiro, por volta das 12.00, a polícia invadiu a mais antiga ocupa anarquista da Grécia, Lelas Karagianni 37. Solidários/as e vizinhos reuniram-se na Praça Amerikis e depois em frente à ocupa, tentando evitar o despejo. Vários companheiros/as subiram ao telhado do edifício cantando slogans, tendo sido apanhados/as pela polícia. Dois solidários/as foram agredidos por polícias na rua e detidos também. Pesadas forças repressivas foram colocadas no centro da cidade e ainda um helicópetero da polícia. Logo a seguir, mais pessoas se concentraram perto da ocupa. Uma reunião foi convocada para as 15.00 fora da sede da polícia, na avenida Alexandras, em solidariedade com os 14 okupas que foram presos dentro da Lelas Karagianni, e uma discussão foi anunciada para as 19.00 na Politécnica de Atenas (entrada pela rua Stournari).

Todos os/as companheiros/as detidos/as foram libertados/as por volta das 17.00, a polícia abandona a ocupa tendo a Lelas Karagianni sido entretanto reocupada!

http://pt.contrainfo.espiv.net/

[Atenas - Grécia] Atenas: Mais de 10.000 manifestantes em defesa das Ocupas





Uma das maiores manifestações do espaço anarquista/anti-autoritário teve lugar hoje, 12 de Janeiro, no centro de Atenas.

As pessoas começaram a reunir-se na Propileos a partir do meio dia tendo-se iniciado a marcha pouco antes das 14.00, em direcção aos tribunais de Evelpidon, onde se apresentavam perante as autoridades judiciais os/as 92 compas detidos/as após a reocupação de Villa Amalias.

Respondendo à convocatória, estima-se que mais de 10.000 pessoas participaram nesta marcha, na sua maioria do espectro anarquista/anti-autoritário mas também de organizações de esquerda.

O aparato policial era por sua vez enorme, com muitíssimos esquadrões de anti-motins localizados por todo o centro da cidade, para além de forças motorizadas e um helicóptero de vigilância. A partir do cruzamento das ruas Panepistimiou e Patision a bófia que, até aí, seguia a manif pela rua paralela, passou a escoltar as pessoas por ambos os lados. Existiram vários momentos de tensão e, inclusive, uso de gases químicos em duas ocasiões, mas nada mais.

Uma vez na proximidade dos tribunais, os/as manifestantes permaneceram ali mais de meia hora demonstrando o seu apoio aos/às compas processados/as e, de seguida, a manif retomou a marcha em direcção a Exarchia, onde finalmente se dispersaram os blocos dos vários colectivos (mais fotos).

Por outro lado, em relação ao processo dos/as compas, sabe-se que todos/as os/as 92 compas foram postos em liberdade condicional sem fiança, antes das 23:00, tendo cerca de 250 solidários/as estado concentrados/as frente aos tribunais até que os/as últimos detidos/as saíssem em liberdade. No entanto,aqueles/as terão de se apresentar uma vez por mês na esquadra da polícia mais próxima do seu lugar de residência e foi-lhes imposto, ainda, a restrição de mobilidade ao território nacional.

Ocupa e resiste!


[Atenas - Grécia] Incursão policial e detenções na Ocupa Skaramaga na tarde de 9/1

Uma incursão policial foi levada a cabo no dia 9 de Janeiro, cerca das 15:00 horas, na Ocupa situada na rua Patission 61 com a Skaramaga.

Em relação aos compas que foram detidos após a incursão da bófia na Ocupa Skaramaga,sabe-se que sete deles/as foram detidos/as dentro do edifício e mais um na proximidade da Ocupa.

Dos oito, quatro declararam ser residentes da Ocupa,enquanto que outro/a era menor.

O/a oitavo/a compa, que apanharam na rua, foi posto/a em liberdade, sem acusação, na mesma noite, enquanto que os seis adultos foram só postos em liberdade no dia seguinte, 10 de Janeiro, não sem terem passado a noite nos calabouços e se terem apresentado nos tribunais de Evelpidon na manhã seguinte.

Os/as seis compas adultos/as são acusados de delitos alteração da paz doméstica, violação da lei de armas e violação da lei de fogos artificiais. O seu julgamento foi marcado para 24 de Janeiro de 2013. Os/as advogados/as dos/as compas solicitaram o adiamento exigindo que Christos Fotiou (presidente do NAT, instituição que reclama a propiedade) assista ao julgamento, já que que é ele quem apresentou a queixa contra os/as ocupas. Os juízes convocaram-no para declarações na próxima audiência.

Em relação ao/â compa menor, espera-se que seja submetido/a a processo a 11/1 (actualizações em breve).

fonte

[Atenas - Grécia] Villa Amalias reocupada e desalojada de novo; dezenas de compas detidos


Por volta das 7.30 da manhã de 9 de Janeiro de 2013, dezenas de compas reocuparam o edifício na esquina das ruas Acharnon e Heyden, conhecido como Ocupa Villa Amalias que tinha sido desalojado em 20 de Dezembro de 2012.


Imediatamente após a reocupação do espaço um forte contingente policial cercou toda a área, com a bófia a bombardear com gases lacrimógeneos os/as compas que estavan lá dentro. Por fim, o Estado enviou para lá unidades das Forças Especiais Repressivas Antiterroristas (EKAM) que irromperam na Ocupa e, em conjunto com os esquadrões do MAT, detiveram quase 90 companheiros/as, transladando-os em carrinhas para a sede da polícía (GADA) na avenida Alexandras.

Entretanto, uma improvisada marcha de solidários/as partia da praça Victoria (perto da localização da Villa Amalias) em direção à escola Politécnica,em Exarchia.




Quase ao mesmo tempo do que acima foi descrito, outro grupo de compas ocupava os escritórios do partido da Esquerda Democrática (DIMAR, participante no governo tripartido atual), situado no distrito de Metaxourgio, centro de Atenas, em solidariedade com a Ocupa Villa Amalias, os espaços auto-gestionados e a infraestrutura antagónica que tem visto a atacá-los, ultimamente (i, ii). Tal como antes, a bófia não tardou em aparecer e os esquadrões anti-motins detiveram cerca de 40 compas solidários(as, trasladando-os também para a sede da polícia.

Tanto de Villa Amalias como da DIMAR, os/as compas detidxs saíram a entoar palavras de ordem de punhos levantados.

Enquanto estes palavras eram alinhavadas (11.40), pessoal solidário concentrava-se junto à sede da polícia, ao mesmo tempo que 400 compas decidiam, após uma assembleia de urgência, ocupar a Escola Politécnica, onde se estava a levar a cabo a dita assembleia. Para além disso, convocou-se una manif solidária na praça Sintagma para o meio dia e uma concentração solidária frente à sede da polícia às 18:00 de hoje (9/1/13). O dia será comprido.

SOLIDARIEDADE COM TODOS/AS OS/AS COMPAS DETIDOS/AS
FOGO E RAIVA!

[Pelotas - RS] okupa 171 5º Carnaval Libertário

http://coletivotrancarua.noblogs.org

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

[Grécia] Anarquistas invadem canal de televisão ao vivo



Nessa última quarta-feira (16 de janeiro de 2013), um grupo de militantes anarquistas invadiu ao vivo um canal de televisão na cidade de Kavala (ao norte da Grécia), para ler um manifesto contra as recentes deocupações dos Centros Sociais Populares, denunciando a repressão policial e fascista, além da manipulação dos meios de comunicação.

“"O governo atual, em conjunto com os meios de comunicação de massa e os grupos fascistas-paraestatais, faz tudo que pode para quebrar a nossa essência e integridade enquanto trabalhadores", dizia a declaração anarquista.

Aqui está uma versão do manifesto anarquista em espanhol:

“El ataque del estado contra Villa Amalias, la guarida autogestionada en la facultad ASOEE, la estación de radio 98fm, la ocupa Skaragmagka, la ocupa Lelas Karagianh y Delta en Tesalónica no son accidentales. Estos espacios servían como un importante dique y obstáculo para los pogromos racistas y los ataques fascistas en el centro de Atenas. Por eso el estado mandó a los fascistas paraestatales que fueran al centro de Atenas a hacer el trabajo sucio de esos que no pueden hacer lo mismo, para devolver el favor a los fascistas lanzando el ataque en nombre de la legalidad, cuando saben muy bien que los focos sin ley son los ministerios, los despachos en el Parlamento, las comisarías, los juzgados, los campos de concentración para migrantes, los canales de televisión, las vilas de los patrones y de esos que ofrecen sueldos de hambre. Las ocupaciones, los espacios y guaridas autogestionadas defienden la igualdad y la solidaridad, al contrario de los fascistas y paraestatales que nos quieren trabajando para los patrones en nombre de la unidad y economía nacional.

Decidimos hacer estar intervención, primero, porque los canales de televisión y más en general los medios de comunicación masivos distorsionan la realidad y los hechos. Segundo, porque el periodista Giannis Komninos, quien en su programa delante de todas las cámaras, da cancha a opiniones racistas en nombre de la libertad de expresión, da apoyo a los fascistas de la ciudad, los enemigos de la libertad. Cada Komninos es un tentáculo de un sistema que criminaliza sistemáticamente las ocupaciones y los espacios autogestionados precisamente porque estos espacios son parte de las luchas sociales y focos de resistencia a este régimen podrido. Un régimen que cada día en colaboración con los medios de comunicación masivos y las bandas fascistas-paraestatales hace lo que puede para doblegar nuestra esencia e integridad como trabajadores.

El estado, los fascistas y los patrones siempre incapaces de dominar eso que no son capaces de entender.

Solidaridad con las ocupaciones y los luchadores perseguidos.

Maderos, tele, neonazis, todos los capullos trabajan juntos.
Diez, cien, mil ocupaciones contra este mundo de aburrimiento".

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

[Pelotas - RS] Atividades na okupa 171

Corpo ativo, mente livre!
Quarta-feira // 9 de janeiro // 20h 30min
Kasa OkupadⒶ 171
Alongamento básico para quem tá afim de ativar o eskeleto e os múskulos adormecidos.
Só chegar, a kasa é nossa.


Sábado // 12 de janeiro // 20 horas
Kasa OkupadⒶ 171
Serão exibidos três curtas-metragens que tratam de problemáticas socias como a violência militar e governamental, não só não exibidas na mídia convencional como problemas que são frutos dessa ditadura midiática.
Procurando novas formas de comunicação e práticas libertárias, a kasa okupada e Espaço KontraKultural 171 convidam a tod@s para mais uma sessão de filmes, debates e reflexões a cerca de nossas atitudes cotidianas frente a katastrófica globalização da sociedade padronizada.
O entre é muita vontade de mudança e um coração humilde. Contribuições espontâneas são bem-vindas para manter o espaço ativo.
Saúde y anarkia.

[Grécia] Anarquistas gregos são fichados e proibidos de deixar o país

A ocupação Villa Amalias, que existia há 23 anos, foi tomada pela polícia durante a semana; governo grego prevê outras 40 desocupações

Os 93 anarquistas gregos presos após a desocupação do centro Villa Amalias, em Atenas, foram liberados neste sábado (12/1) pela polícia, mas fichados e proibidos de deixar o país até que sejam julgados por abuso, alteração de ordem pública e resistência à autoridade. Os supostos delitos foram classificados como “delinquência grave” pela Justiça grega, de acordo com a mesma lei que proíbe manifestantes de cobrirem o rosto.

A ocupação Villa Amalias existia há 23 anos no centro de Atenas. O prédio, do século XIX, fica entre as estações Omonia e Agios Panteleimona do metrô, e era utilizado pelos anarquistas como base para ações contra grupos neonazistas ligados ao partido Aurora Dourada, que operam na região. Os membros da ocupação faziam sopões e ofertavam cursos gratuitos de teatro, dança e idiomas, especialmente para imigrantes. 




A primeira investida policial em mais de duas décadas contra o Villa Amalias aconteceu no dia 20 de dezembro, com base em uma denúncia anônima, quando soldados entraram na ocupação e prenderam oito pessoas. Na semana passada, membros do grupo anarquista decidiram retomar o prédio, que continuava vazio. A polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo e deteve 101 pessoas.

De acordo com a rede grega independente RBNews, o Ministério da Ordem Pública da Grécia pretende desalojar outras 40 ocupações anarquistas em todo o país. O prédio onde estava o Villa Amalias é alvo de uma disputa judicial entre a Prefeitura de Atenas e uma organização municipal de escolas, que será dissolvida por ordem do memorando do FMI (Fundo Monetário Internacional), aprovado pelo Parlamento grego em novembro do ano passado.

A construção, encontrada pelos anarquistas em estado “lastimável”, ainda em 1990, tem ótima localização e deve ser vendida em um futuro próximo, abrindo caminho para a especulação imobiliária. Outra ocupação anarquista, a Skaramaga, também foi evacuada pela polícia e oito pessoas acabaram presas. Na casa havia biblioteca, sala de leitura, oficinas de conserto de bicicletas, oficinas de costura e carpintaria.

Protestos

Cerca de 10 mil pessoas protestaram neste sábado em Atenas contra as desocupações de centros anarquistas, conhecidas pelos gregos como “okupas”. Grupos também foram às ruas em outras cidades, como Tessalônica e Giannina. A UAF (União Antifascista) do Reino Unido planeja um protesto em frente à embaixada grega em Londres para o dia 19 de janeiro.

O principal alvo dos anarquistas é o partido neonazista Aurora Dourada, que nas últimas eleições obteve 18 cadeiras no Parlamento grego. Seus deputados pregam uma Grécia “pura” e “livre” de imigrantes, os quais são apontados como culpados pela crise econômica que o país atravessa.

Na última sondagem da Elstat, a agência oficial de estatísticas da Grécia registrou um total de 1,3 milhão de gregos estão sem trabalho, ou 26,8% da população. O índice, que bate recorde após recorde há pelo menos quatro anos, é o pior de toda a Europa.

Os indicadores mais preocupantes continuam sendo os de desemprego entre jovens de 15 a 24 anos, que também bateram recorde. Em outubro, 56,6% dos jovens estavam desempregados e sem perspectivas. Na camada entre 25 a 34 anos, 34,1% estão sem trabalho.