Na segunda-feira, 19 de setembro, as forças policiais de Corfú, com um mandado judicial, invadiram as instalações da okupação de Elea, localizada nos arredores da capital da ilha. Os policiais arrombaram a porta do espaço e vasculharam todos os cantos, presumivelmente atrás de drogas e "imigrantes ilegais". Eles deixaram tudo de cabeça para baixo, levando as atas das reuniões da okupação. Durante a invasão da polícia não havia ninguém no local.
Não é a primeira vez que a okupação de Elea recebe uma agressão. A invasão foi precedida, no passado, por uma irrupção de um dos infinitos corpos especiais da polícia, um ataque a um imigrante nas proximidades do espaço e um incêndio. A conjuntura econômica em que acontece esta agressão não é casual, porque já ocorreu em um período de processos políticos e sociais, que o Regime tenta silenciar e reprimir. Poucos dias atrás houve ataques incendiários na okupação Kouvelou em Atenas e um ato de intimidação em Tessalônica, na okupação Libertatia.
O regime da democracia burguesa está sendo sacudido. Por um lado, está realizando uma grande e cruel ofensiva à sociedade, com cortes de salários e pensões, a eliminação de direitos trabalhistas e sociais, a imposição de impostos e taxas. Por outro, está intensificando sua tentativa de impor por todos os meios um regime totalitário e fascista, sem paralelo na história deste país. A repressão, a intimidação e a desinformação são as armas que usam o Poder grego e os ricos para alcançar uma sociedade totalitária que nos tem reservada.
Solidariedade com todos aqueles e aquelas que lutam e resistem!
agência de notícias anarquistas-ana
alta madrugada,
vaga-lumes no jardim
brincam de ciranda
Zemaria Pinto
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