quinta-feira, 29 de setembro de 2011

[Rio de Janeiro - RJ] Flor do asfalto


Depois de 5 anos de existência, a okupa flor do asfalto está em alerta de desalojo, após receber no dia 05/09, policiais que entegaram notificaçao de  despejo com data para o dia 30/09.

A ocupação flor do asfalto é uma casa ocupada na zona portuária do Rio, com a proposta de ser, além de um espaço de moradia, um centro contracultural libertário, fomentando oficinas, construção de biblioteca, horta, ateliê de arte e serigrafia, circo, reciclagem e eventos contraculturais, que são renegados por uma mídia padronizada e corrompida. Enquanto a Flor do Asfalto existe, recebe pessoas de vários lugares do mundo, alimenta vivencias, transmissão de conhecimentos, experiências e trocas.  
A política atual do Rio de janeiro para a zona portuária é a contrução do Projeto Porto Maravilha, que já despejou milhares de famílias, incendiou o mercado popular da Central, roubou camelôs e continua promovendo remoções irregulares e atentando contra moradores em situação de rua.

A revitalização da zona portuária é o carro chefe dos despejos que atingem essa região, o principal motivo da ordem de despejo imposta contra a Flor do Asfalto. Esse mega projeto de reurbanização quer higienizar a área do porto, expulsar antigos moradores, criar nessa região um corredor de luxo para empresas, automóveis e turistas. A maior iniciativa público-privada do Brasil, na sombra do Choque de Ordem e da onda de repressões que se espalha pela cidade. A okupa Flor do Asfalto está no trecho dessas obras e será arrastada por elas. Desde sempre a okupaçao se posicionou contra os processos de revitalização da zona portuária por entender que nessa área sempre ouve vida e a idéia de revitalização do cais do porto não considera as vidas das pessoas que ali vivem, por se tratar de gente pobre, e o projeto Porto Maravilha visa somente o interesse econômico e atração de gente rica para essa área, desconsiderando e passando por cima de quem construiu sua vida nessa região e que agora terá seu acesso à cidade mais do que sempre negado.

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