terça-feira, 24 de setembro de 2013

( Montevideo - Uruguai ) Squat La Solidaria - Oficina de Tango

TODAS AS QUINTA FEIRAS AS 22.30hs - OFICINADE TANGO

Entrada LiVRE



( Monte Video - Uruguai ) Squat La solidaria Apresenta:

Foto: Proyeccion, cena y conversatorio - Miercoles - 19hs
ENTRADA LIBRE

[ Grecia - Igoumenitsa ] Reokupada a Okupa Keli Desalojada em Julho.

Xs rebeldes estão certos! Solidariedade com todos os squats ! Keli -squat contra o Estado,os fascistas e musculosos.Em 4 de setembro , a  okupa Keli  (Célula da Liberdade ) é reokupada. * . Esta é a nossa resposta ao estado e sua  repressão realizada a cabo contra os anarquistas e okupas .Como já mencionado, a luta continua e continuará .Além disso, outros três alunos okuparão os  quartos vazios do Instituto de Educação Tecnológica ( TEI ) de Igoumenitsa . O projeto habitacional continua e convida a outros estudantes anarquistas com problemas financeiros para fazer o mesmo.A vergonha do mundo acadêmico por permitir a entrada da polícia às instalações da TEI . Vergonha de covardes  que optam por permanecer em silêncio quando eles estão enfrentando a repressão do estado.Solidariedade com os okupas despejados (Villa Amalias e Skaramaga em Atenas, Delta e Orfanotrofio em Tessalônica, Maragopouleio , Parartima e espaço  altogestionado de TEI Patras ; Valvejos em Messolonghi ), bem como o espaço anarquista Nadir em Thessaloniki, e okupa Draka Corfu, radio98fm , indymedia e espaço auto-gerido em Xanthi ...Saudações Franternas e solidariedade com xs okupas Apertus em Agrinio , que foi novamente atacado por fascistas a um  um tempo, a todos os antifascistas anarquistas na mesma cidade , e mais força para os  insubmissos  do parque local, onde muitas árvores foram arrancadas recentemente .Xs rebeldes tem razão, não ao  chivatxs e aos vendidxs.Solidariedade com todos os que não se esconde quando se deparam com a repressão do estado , mas preferem resistir e subverter-se.

Obs: Não traduzido.

Anarquistas antifascistasagosto - 2013_anarchist -group- Baruti -in- veria_in - solidariedade -com- despejada - squats -in- patras_greeceBandeira do grupo anarquista Baruti cidade Veria em solidariedade com os posseiros despejados em Patras* Em suma, o mais recente repressão aos posseiros na Grécia durante o verão de 2013 são os seguintes:- 2 de julho : expulsão de Operação e prisões dentro do TEI em Igoumenitsa residência, onde o ( reokupada ) Keli .- 11 de julho : Raid no Nadir agachamento em Thessaloniki durante uma grande operação anti- terrorista que resultou em duas prisões prisão preventiva.- 5 de agosto : Operação de despejo e prisões em três squats em Patras ( Parartima , Maragopouleio e autogestionário espaço TEI ) de Maragopouleio vegan cinco detidos foram liberadxs são citadxs comparecer ao tribunal em 22 de junho de 2014.- 17 de agosto : Raid no campus da Universidade de Thessaloniki, onde a polícia teria encontrado garrafas vegan que podem ser utilizados para cocktails Molotov .- 21 de agosto : Raids e prisões na Escola Politécnica do centro da cidade de Atenas , onde os espaços autônomos .- 26 de agosto : Despejo de posseiros Valveios ( uma antiga biblioteca ) , na cidade de Messolonghi . Este espaço vegan agachamento foi atacado por fascistas em junho.- 29 de agosto : Despejo de posseiros Antiviosi em Ioannina . Houve prisões nos edifícios próximos.- 02 de setembro : o despejo de Operação e prisões no Orfanotrofio agachamento em Salónica. Puestxs LXS sete detidos foram liberados, llamadxs para declarar 06 de setembro e absolvido de todas as acusações .- 04 de setembro : Strefi Despejo LOFOS agachamento em Exarchia , Atenas.


anarquistas antifascistas
august-2013_anarchist-group-baruti-in-veria_in-solidarity-with-evicted-squats-in-patras_greece

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ocupar com k


O termo “gentrificação” é usado para explicar um importante mecanismo de manutenção de espaços ociosos, sobretudo nas regiões centrais das grandes cidades. São transformações que tem como fim recuperar o valor de áreas específicas, almejando enobrecê-las. Em resposta a esse jogo de interesses, o movimento squatter desafia as políticas excludentes ligadas à especulação imobiliária. Seu método são as ocupações.
A prática não é recente. O movimento nasceu na Europa dos anos 1960, propondo, como alternativa à falta de moradia, a ocupação de casas, apartamentos e prédios desocupados ou abandonados em razão da especulação. A partir da década de 1980, essa modalidade de luta urbana estreitou vínculos com a cultura punk e o anarquismo. Essa aliança político-cultural fez germinar diversos centros de atividades sociais.
Tipicamente urbanos, os squatters ou okupas (como são chamados na Espanha e na América Latina) atraem uma diversidade de adeptos: desempregados, estudantes, punks, anarquistas, ecologistas, feministas, artistas... Ao grafar okupaçãocom a letra k, o objetivo é diferenciar-se de outras categorias de ocupações urbanas, focadas unicamente no direito à moradia, a exemplo do Brasil de coletivos que reivindicam reformas urbanas, como a União dos Movimentos de Moradia, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto e a Frente de Luta pela Moradia. No caso das okupações, a questão do direito à moradia também está em voga, mas acompanhada de motivações políticas que almejam a criação de espaços culturais, como ateneus libertários, bibliotecas e oficinas.
Em 1987, a banda punk paulista Cólera, em turnê pela Europa, conheceu de perto a atmosfera squatter ao realizar a maioria dos shows em squats. O encarte de seu LP European Tour`87 trouxe relatos de cada show: “o local era uma faculdade abandonada, um enorme edifício ocupado pelos punks alemães”. Isto possibilitou, no mínimo, um exercício de reflexão de alguns punks brasileiros sobre a existência de tal prática urbana e seus possíveis vínculos com a cultura punk.
O squat ouokupa, propriedade ocupada ilegalmente,visa revitalizar o espaço por meio do comprometimento coletivo: providenciar água, luz (por vezes de forma clandestina), limpeza e reforma em regime de mutirão. A administração do lugar se dá através do compartilhamento de responsabilidades.Também há solidariedade entre as okupações existentes no Brasil e uma rede de intercâmbio internacional.
No Brasil, a prática deu seus primeiros passos no final da década de 1980, mas a primeira experiência a ganhar destaque na mídia ocorreu em julho de 1993: em Florianópolis, um prédio de 15 cômodos da prefeitura foi ocupado por cerca de dez anarco-punks. “Anarco-punks invadem prédio buscando um espaço alternativo”, estampou em manchete o jornal local O Estado, que assim descreveu o grupo: “Eles são anarquistas, mas frisam que não são desordeiros. Prova disso é a tentativa de recuperar o local abandonado desde o incêndio que aconteceu no ano passado. Sonham com um mundo onde não existam governantes, apenas respeito entre as pessoas”.
O movimento anarco-punk originou-se das clivagens do punk, surgido nos anos 1970 nos subúrbios tanto dos Estados Unidos como da Inglaterra, em grupos de jovens que tinham suas perspectivas de vida frustradas diante de um cenário de crise econômica refletida em crescente desemprego. Com atitudes provocadoras e desordeiras, os punks revelaram ao mundo uma nova expressão estética e comportamental. Ainda no final da década, o movimento ecoava no Brasil por meio da imprensa e da venda de discos importados.
Nos anos 1980, com a abertura política, alguns punks travaram contato com militantes anarquistas e passaram a participar de discussões promovidas por coletivos libertários de São Paulo. Assumiam uma identidade de luta comprometida com as questões sociais e marcada por reflexões oriundas do anarquismo. Na década de 1990, o Movimento Anarco-Punk (MAP) já agregava uma rede de núcleos em diversas cidades do Brasil.
Numa época de descaracterização do ideal anarquista, comumente tachado como desordem pelos meios de comunicação, os anarco-punks faziam questão de afirmar a força e a criatividade do pensamento libertário como intervenção política. Para o grupo que ocupou o prédio público de Florianópolis, a criação de um espaço alternativo era vista como um exercício de autogestão, apoio mútuo e afronta aos valores do mundo capitalista – entre os quais a propriedade privada e a massificação cultural. Aquele squat destinava-se a eventos e trabalhos que se colocavam na contramão do sistema social excludente.
Em julho de 1995, outra okupaçãolevada a cabo por anarco-punks ganhou alento na periferia de Curitiba. Conhecida como Squat Kaäza, durou mais de uma década graças a atividades de rua, como a venda de fanzines (jornais artesanais) e adesivos (feitos em serigrafia própria) para gerar renda. No fanzine Inf. Punk, os membros da Kaäza informavam: “decidimos trocar os vidros das janelas, (...) começamos a vender o fanzine ‘Sentidos do Ser’ nº 5 que teve sua renda convertida aos novos vidros. Todo o lado exterior da casa estava exposto a toda movimentação que acontecia na quadra por estar totalmente desprotegido, porque o muro que existia estava todo destruído. Organizamos então um pedágio em prol da construção do muro”.
Além dessas atividades que lhes permitiam viver à margem do trabalho formal, os squatters também encontraram no desperdício da sociedade de consumo uma rica fonte de suprimentos. Do excedente tornado lixo e abandonado pelas calçadas garimpam-se materiais que serão usados na restauração de construções degradadas ou como mobiliário nos espaços ocupados, onde a criatividade torna-se o diferencial nessa arte de reciclar.
Ainda em Curitiba, alguns punks anarquistas – que haviam passado pela experiência da Kaäza –ocuparam, em 1997, outra casa abandonada próxima ao Centro, com dois andares e 17 cômodos, constituindo o Squat Payoll. No ano seguinte, na busca por atuar como uma célula cultural alternativa, eles organizaram sua primeira Jornada Cultural, com palestras sobre os movimentos punk e squatter, exposição de vídeos, recitais de poesias, teatro e show beneficente para o squat, com apresentação de bandas punks.
Mas o Squat Payoll não sobreviveria para ver o novo milênio. Ações policiais para apreender materiais – incluindo registros documentais que comprovariam a melhoria do espaço – foram seguidas da prisão de vários okupas. A situação se complicou em 1999 em função de uma ação movida pelo proprietário do imóvel contra os ocupantes do espaço, que responderiam por invasão de domicílio. Mesmo contando com a assistência jurídica de um advogado ligado a movimentos sociais, os squatters já previam o desfecho do processo: uma ação de despejo.
Na virada para o século XXI, o movimento squatter ganhou fôlego no Brasil, com crescentes ocupações. Entre elas, o Squat Teimosia, criado em Porto Alegre em 2004. Em uma casa de 30 cômodos no Bairro Bom Fim, área nobre no centro da cidade, o Teimosia abrigava biblioteca e videoteca, patrocinava oficinas de confecção de velas e trabalhos com graffiti e percussão. Acabou por enfrentar os problemas da maioria das okupações: ataques neonazistas e investidas policiais. Logo no início desta ocupação, alguns skinheads tentaram intimidar os ocupas, depreciando o espaço, rasgando e surrupiando faixas com mensagens de protesto do squat. Também havia confrontos envolvendo punks e skinheads nas imediações da ocupação.
Quanto à polícia, uma de suas ações culminou no confisco de livros e vídeos e na detenção de 25 pessoas. Em 2005 foi cumprida uma ação de reintegração de posse. Vida que segue ou, como eles dizem, “Um desalojo, outra ocupação”: os anseios de manutenção de um espaço cultural alternativo resultaram no Squat N4, posteriormente chamado de Bosque Ibirapijuca, ainda hoje existente.
Dos 43 mais importantes squats realizados no país até 2012 – a maioria na região Sul e em São Paulo – quase todos foram extintos por ações de despejo. Entre as okupaçõesque sobrevivem à especulação imobiliária, destacam-se o J13 e o Alvorada Libertária, no Paraná; o Korr-Cell e o Guamirim de Maio, em Santa Catarina; o Bosque Ibirapijuca e o 171, no Rio Grande do Sul.
            Por meio da desobediência civil, esses punks-anarquistas escrevem uma história paralela de alternativas criativas para o problema habitacional.

Cleber Rudy é autor da dissertação “Os Silêncios da Escrita: a historiografia em Santa Catarina e as experiências libertárias (1960-2000)”, (Udesc, 2009).

Saiba mais

BEY, Hakim. TAZ: Zona Autônoma Temporária. São Paulo: Conrad, 2001.

SCHECTER, Stephen. Política da Libertação Urbana. Lisboa: Sementeira, 1978.

TAVARES, Carlos A.P. O que são Comunidades Alternativas. São Paulo: Nova Cultural/ Brasiliense, 1985.

Internet:
www.squat.net
www.okupayresiste.blogspot.com

Filme:
O que fazer em caso de incêndio?(Greogor Schnitzler, 2003).

Na Holanda, os krakers

No fervor da contracultura dos anos de 1960, casas vazias em Amsterdã, capital da Holanda, apareciam com suas portas e fachadas pintadas de branco. Era um sinal de que estavam ocupadas. Dessas primeiras reações à especulação imobiliária de grandes áreas urbanas, nasceria um movimento de grande notoriedade internacional: Kraker (do inglês crack, quebrar). No auge de suas ações, na década de 1980, o grupo chegou a realizar mais de 15 mil ocupações, e deu forma a um importante arsenal de propaganda, constituído pela revista Bluf!, rádios clandestinas, livrarias, oficinas gráficas, assessoria jurídica, bares e cafés. Para se prevenir das violentas ações policiais no cumprimento de ações de despejo, os krakers criaram recursos de resistência que iam de um elaborado sistema de comunicação (rede de ajuda), que mobilizava dezenas de militantes, até o uso de barricadas, pedras e coquetéis molotov. Eles foram um dos embriões do movimento squatter de verve anarquista. Recentemente, mudanças na legislação da Holanda criaram, em 2010, a lei “antikraak”, criminalizando as ações de ocupação e colocando em xeque inúmeros espaços mantidos pelos krakers, situação que tem gerado fortes protestos.

Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/ocupar-com-k

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

[Espanha] Nasce o Ateneu Libertário de Carabanchel

 
 
Comunicado:

Com o presente comunicado, a assembleia do Ateneu Libertário de Carabanchel quer
tornar pública a liberação de todo o imóvel que okupamos há duas semanas na Rua
Valentín Llaguno, 32, ao lado de uma das principais vias do bairro de Carabanchel, a
Rua General Ricardos, no metrô de Oporto.

O objetivo que almejamos com esta okupação é dotar o bairro de um local
especificamente anarquista, concretamente um projeto de Ateneu Libertário que sirva
como impulso e difusor de diferentes projetos libertários no bairro e em toda Madri.
A difusão das ideias e cultura libertária no bairro terá um novo referencial. O
projeto, é impulsionado pelas Juventudes Libertárias de Madri (FIJL) e o Grupo
Anarquista Heliogábalo, coletivos que aderiram a este novo ateneu libertário desde
sua gestação há meses.

O funcionamento do Ateneu, às custas de concretizar o projeto e habilitar
definitivamente o espaço, será como não pode ser de outra maneira, tratando-se de
uma iniciativa anarquista, de funcionamento horizontal e assembleário, sem
necessidade de líderes nem estruturas hierárquicas de nenhum tipo, partindo da
igualdade de todos os seus membros e projetos afins participantes.

Após avaliar as diferentes opções possíveis a fim de concretizar o projeto de
Ateneu, nos decidimos pela okupação por supor essa via, uma forma de questionar um
dos principais pilares da apodrecida sociedade estatal-capitalista: a propriedade
privada. Não reconhecemos a ninguém o poder de apropriar-se dos bens básicos na vida
das pessoas, como a alimentação, a moradia ou a cultura, entre outros e colocar-lhes
preços com o fim de obter lucros ou obrigando as pessoas a vender sua força de
trabalho para poder suprir suas necessidades básicas através do jugo do trabalho
assalariado para enriquecer uma minoria parasita. Por isso temos okupado. Porque
consideramos a propriedade privada um roubo à humanidade, protegido e propiciado
pelo Estado.

Nós entendemos que a okupação não é por si mesma revolucionária, nem deve
converter-se em um gueto estético, nem ser um lugar onde se está em festa. Depende
do caráter político que lhe queremos dar. Não mendigaremos nada ao Estado porque não
o reconhecemos mais que como instituição repressora, nem queremos receber ajuda
externa a nós mesmos ou a solidariedade em pé de igualdade entre companheiros e
companheiras. É um projeto anarquista que utiliza a okupação como meio, não como fim
em si mesma, pois a nossa finalidade é acabar para sempre mediante a revolução
social com a sociedade do Capital e o Estado que oprime e subjuga as pessoas em todo
o mundo.

O marco geográfico em que pretendemos que cresça este Ateneu, se situa em um
histórico bairro operário madrilenho, como é Carabanchel, com um importante contexto
histórico nas lutas sociais. Portanto, não é alheio aos processos especulativos de
imobiliárias e proprietários que pretendem fazer os bairros operários em Madri,
bairros mortos, sem vida nem relações sociais que não estejam mediatizadas pelo
dinheiro e o consumo. Os bairros operários sofrem de altos preços para rechaçar aos
setores da população que não tenham um alto perfil de consumo, expulsando-os para a
periferia. Este processo é orquestrado pelo Estado com um aumento da repressão e a
presença de mercenários policiais, restrições ao uso comum do espaço público,
eliminação de elementos que façam parte da memória coletiva (como a prisão de
Carabanchel, símbolo do aparato repressivo do Estado franquista)... etc. Vemos como
vital a proliferação de espaços
 sociais, onde estabelecer relações baseadas na liberdade e igualdade. Espaços
arrebatados dos especuladores e do Estado, como ferramenta de luta para frear estes
processos especulativos, que incentivem a aparição de consciência revolucionária
mediante a ação direta dos próprios afetados e oprimidos, sem intermediários nem
delegação a ninguém (juízes, políticos, polícia, partidos políticos, burocracias
sindicais, etc).

Esperamos que nosso projeto, ainda que humilde, sirva para dar fôlego às ideias
anarquistas de liberdade, justiça, solidariedade, apoio mútuo, ação direta e
autogestão em um mundo assolado pelos valores autoritários: o egoísmo, a inveja, o
sexismo, o nacionalismo, a homofobia, o racismo, a xenofobia... No marco de um
contexto social, político e econômico de ofensiva do Capital contra os oprimidos e
explorados do planeta, mas também onde os brotos da revolta e a raiva florescem pelo
mundo (Grécia, Turquia, Brasil, diversos países árabes...), esperamos contribuir com
nosso projeto ao germe da revolta, a rebeldia e a insurreição em molde anarquista,
contra toda forma de autoridade.

Fazemos um chamado a todo aquele solidário ou solidária que se mantenha alerta a fim
de evitar um possível desalojo expresso deste novo espaço liberado. Enquanto
limpamos e habilitamos o lugar, ficará aberto ao público e começará a ter vida com
constantes atividades culturais e como lugar de referência para diferentes projetos
anarquistas. Até então, agradecemos toda mostra de solidariedade com muita ajuda e
coisas que vamos necessitar. Viva a anarquia.

Auto-organização, solidariedade e ação direta!

Ateneu Libertário de Carabanchel

FIJL Madrid

Grupo Heliogábalo 
 
 
 Fonte: agência de notícias anarquistas-ana

[Uruguai] Comunicado de “La Solidaria” frente aos últimos atos de repressão

História

La Solidaria (A Solidariedade) abre as suas portas em março de 2012 quando, um mês
antes, um grupo de indivíduos decide tomar o espaço, acondiciona-lo e cuidá-lo.

Desse momento em diante, através de assembleias horizontais, são discutidos acordos
básicos e o funcionamento do La Solidaria. O apoio mútuo, a autogestão, a autonomia
e a solidariedade são valores que tomamos como base para a construção deste projeto,
que tenta ser uma ferramenta que potencialize as conexões humanas com o meio social,
as práticas antiautoritárias, a auto-organização e a luta social.

Assim, no decorrer de 2012 até agora, é realizada uma infinidade de atividades,
todas com entrada gratuita. Oficinas de teatro, cinema e vídeo, reutilização
criativas de lixo, artesanato, encadernação artesanal, tango, computação,
esquizodrama, capoeira e outras atividades como a FLIA (Feira do Livro Independente
e Autônoma), 1ª e 2ª Feira de Livro Anarquista de Montevidéu (com a participação de
editoras da região), Festival de Cinema Independente Global, ciclos de cine-debate,
palestras, discussões sobre patriarcado, aborto, educação, meio ambiente, luta
sindical, libertação animal, etc.

O espaço também conta com uma biblioteca social e uma rádio comunitária que
transmite para todo o bairro e pela internet.

Por sua vez, os diferentes coletivos críticos dessa realidade utilizam o local como
um espaço de reunião e projeção coletiva para desenvolver seus projetos, preenchendo
assim uma necessidade de espaço físico para as organizações sociais em Montevidéu.

Sobre a repressão

Já denunciamos em comunicados anteriores o abuso policial, a tentativa de desalojo
sem ordem judicial, o interrogatório contra um companheiro e a constante perseguição
e levantamento fotográfico pelo Departamento de Inteligência (DNII).

Desta vez, denunciamos o sequestro de 12 companheiros que, logo após prepararem as
faixas por volta das 17 horas e irem para o Obelisco (para participar na marcha pelo
massacre de Filtro, em 24 de agosto), são violentamente detidos e algemados próximos
ao La Solidaria, por policiais à paisana. Sem fornecer informações sobre o motivo da
prisão e sem se identificar, os policiais os levaram até as autoridades de
Montevidéu. Horas mais tarde de buscas aos nossos companheiros, constatamos que
estariam na delegacia. Às 22 horas foram libertados sem qualquer acusação nem
levados a julgamento. Neste momento em que soubemos das atrocidades cometidas pelos
policiais, que, através de violência física e psicológica, torturaram os presos.
Através de golpes, plantões nus, insultos, humilhações e até ameaças de estupro e
morte enquanto apontavam uma arma para a cabeça de um dos jovens. Tendo passado por
isso, gerando uma forte mudança emocional
 nos jovens, são interrogados com insistência sobre as suas ideias, sua participação
na marcha do movimento estudantil de 14 de agosto, sua ligação com certas
organizações, entre outras.

Nesta sexta-feira, 30 de agosto, sabemos de novas prisões de duas companheiras já
torturadas na situação anterior. Novamente policiais à paisana que não se
identificam, que não informam o motivo da prisão nem comunicam a situação dos
detidos aos familiares. Desta vez, são levadas a julgamento, fortemente questionadas
sobre seu envolvimento na marcha estudantil 14 de agosto e mais tarde libertadas sem
qualquer acusação.

Cabe destacar que esta mesma ação policial foi usada para prender dois jovens
anarquistas, uma vez finalizada a marcha estudantil, que foram posteriormente
processados sem qualquer prova.

Esses fatos nada isolados são parte de uma tentativa de criminalizar os protestos e
os jovens em geral, promovido na ditadura e que hoje na democracia permanece impune.
Mantem-se sob o governo de esquerda que tortura e infiltra policiais à paisana nas
manifestações, para desarticular qualquer movimento que procure desafiar esta ordem
injusta de desigualdade e miséria, que propagam essa política de benefícios para
poucos.

Mas criamos espaços livres onde podem interagir de uma forma mais humana, onde
podemos compartilhar conhecimentos, experiências, em relacionamentos baseados no
apoio mútuo, na solidariedade, na autonomia - reafirmando que nem tudo o que habita
a terra é mercadoria. Queremos outro mundo e seguimos por ele.

A solução está em nossas mãos, com elas a construção é diária e com elas
defenderemos o que temos que defender.

Tirem suas mãos de nossos centros sociais.

Tirem suas mãos dos que lutam por um mundo melhor.

Tocam em um, tocam em todos.

Contra a repressão - solidariedade e ação!

Centro Social “La Solidaria”

Notícia relacionada:

http://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2013/09/04/uruguai-novo-ataque-ao-movimento-anarquico-em-montevideu-video-todos-na-mira/ 
 
 
 
Fonte: agência de notícias anarquistas-ana

[Grécia] Tessalônica: Novo desalojo da okupa Orfanotrofío pela polícia

 
 
Nesta segunda-feira, 2 de setembro de 2013, a polícia invadiu o edifício da okupa
Orfanotrofío (Orfanato), em um bairro de Tessalônica. Em julho de 2012, as forças
repressivas do Estado tinham feito outra operação de despejo na mesma ocupação,
na época do despejo da okupa anarquista Nadir. Este desalojo vem se juntar a uma
nova onda de ataques contra as ocupações e centros sociais ocupados, realizada pelo
Regime nas últimas semanas.

O edifício de Orfanotrofío está ocupado desde outubro de 2006. O primeiro
proprietário legal do edifício da okupa foi o Ministério da Saúde. No ano passado, o
Ministério transferiu o prédio para a Igreja da Grécia. Em comunicado do grupo
Movimento Antiautoritário de Tessalônica, emitido poucos dias depois e intitulado
"Igreja S.A.: A coprotagonista (insidiosa) da podridão", lê-se o seguinte: "Suas
imensas riquezas, isentas de impostos, suas enormes quantidades de terra, assim como
seu envolvimento em escândalos políticos e econômicos, levando à conclusão de que a
Igreja é muito mais do que um "organismo espiritual". No exemplo acima, vem se
juntar a sua caridade altamente divulgada. Permanece um mistério "quantos milhões de
euros chegam a seus cofres fortes, a partir de doações dos fiéis, das subvenções de
ONG´s e do financiamento do Estado, como um pretexto para reforçar a sua caridade”.

Durante a operação de despejo, os cães do Regime detiveram sete pessoas, que serão
processadas na terça-feira, 3 de setembro. Os detidos foram proibidos de qualquer
contato com seus familiares e advogados durante muitas horas. Cerca de três horas
após a operação policial, cerca de 250 pessoas realizaram uma manifestação, que foi
sucedida por uma passeata pelas ruas de Tessalônica, passando em frente ao prédio da
okupa.

Vídeo:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=3ZgWCA67xqs 
 
 
Fonte: agência de notícias anarquistas-ana