quinta-feira, 29 de setembro de 2011

[Rio de Janeiro - RJ] Flor do asfalto


Depois de 5 anos de existência, a okupa flor do asfalto está em alerta de desalojo, após receber no dia 05/09, policiais que entegaram notificaçao de  despejo com data para o dia 30/09.

A ocupação flor do asfalto é uma casa ocupada na zona portuária do Rio, com a proposta de ser, além de um espaço de moradia, um centro contracultural libertário, fomentando oficinas, construção de biblioteca, horta, ateliê de arte e serigrafia, circo, reciclagem e eventos contraculturais, que são renegados por uma mídia padronizada e corrompida. Enquanto a Flor do Asfalto existe, recebe pessoas de vários lugares do mundo, alimenta vivencias, transmissão de conhecimentos, experiências e trocas.  
A política atual do Rio de janeiro para a zona portuária é a contrução do Projeto Porto Maravilha, que já despejou milhares de famílias, incendiou o mercado popular da Central, roubou camelôs e continua promovendo remoções irregulares e atentando contra moradores em situação de rua.

A revitalização da zona portuária é o carro chefe dos despejos que atingem essa região, o principal motivo da ordem de despejo imposta contra a Flor do Asfalto. Esse mega projeto de reurbanização quer higienizar a área do porto, expulsar antigos moradores, criar nessa região um corredor de luxo para empresas, automóveis e turistas. A maior iniciativa público-privada do Brasil, na sombra do Choque de Ordem e da onda de repressões que se espalha pela cidade. A okupa Flor do Asfalto está no trecho dessas obras e será arrastada por elas. Desde sempre a okupaçao se posicionou contra os processos de revitalização da zona portuária por entender que nessa área sempre ouve vida e a idéia de revitalização do cais do porto não considera as vidas das pessoas que ali vivem, por se tratar de gente pobre, e o projeto Porto Maravilha visa somente o interesse econômico e atração de gente rica para essa área, desconsiderando e passando por cima de quem construiu sua vida nessa região e que agora terá seu acesso à cidade mais do que sempre negado.

domingo, 25 de setembro de 2011

[Israel] Evento no BA Squat em Tel Aviv

Ativistas participam de um evento no BA squat no sul de Tel Aviv, após ele ter sido reaberto no dia 17/9/2011.
O squat BA foi desalojado em novembro de 2007 depois de 3 anos de existência, e foi ocupado novamente por algumas horas por ativistas que protestam por soluções de habitação.

 
"Reciclando casas que vocês abandonaram"
  

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

[Campinas]Conversa Libertária sobre Fenismo no squat Timothy Leary


Imagens realizadas no dia 17 de Setembro de 2011 nas Conversas Libertárias sobre Feminismo e Oficina de Stencil para pintar camisetas no espaço autonomo Timothy Leary de iniciativa do Coletivo Feminista de Campinas, preparativos para a Marcha das Vadias que ocorrerá no dia 24 de Setembro 2011 em Campinas, as 9h na praça da Catedral. Veja também o video chamando a marcha: Marcha das Vadias em Campinas
Sano kaj anarkio!

[Grécia] Ilha de Corfú: invasão policial na okupação de Elea


Na segunda-feira, 19 de setembro, as forças policiais de Corfú, com um mandado judicial, invadiram as instalações da okupação de Elea, localizada nos arredores da capital da ilha. Os policiais arrombaram a porta do espaço e vasculharam todos os cantos, presumivelmente atrás de drogas e "imigrantes ilegais". Eles deixaram tudo de cabeça para baixo, levando as atas das reuniões da okupação. Durante a invasão da polícia não havia ninguém no local.
Não é a primeira vez que a okupação de Elea recebe uma agressão. A invasão foi precedida, no passado, por uma irrupção de um dos infinitos corpos especiais da polícia, um ataque a um imigrante nas proximidades do espaço e um incêndio. A conjuntura econômica em que acontece esta agressão não é casual, porque já ocorreu em um período de processos políticos e sociais, que o Regime tenta silenciar e reprimir. Poucos dias atrás houve ataques incendiários na okupação Kouvelou em Atenas e um ato de intimidação em Tessalônica, na okupação Libertatia.
O regime da democracia burguesa está sendo sacudido. Por um lado, está realizando uma grande e cruel ofensiva à sociedade, com cortes de salários e pensões, a eliminação de direitos trabalhistas e sociais, a imposição de impostos e taxas. Por outro, está intensificando sua tentativa de impor por todos os meios um regime totalitário e fascista, sem paralelo na história deste país. A repressão, a intimidação e a desinformação são as armas que usam o Poder grego e os ricos para alcançar uma sociedade totalitária que nos tem reservada.
Solidariedade com todos aqueles e aquelas que lutam e resistem!
agência de notícias anarquistas-ana
alta madrugada,
vaga-lumes no jardim
brincam de ciranda
Zemaria Pinto

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

[Grécia] Comunicado da Okupação Kouvelou pelo ataque incendiário contra ela

[No sábado, 17 setembro, no bairro ateniense de Marusi, houve uma ação contrainformativa acerca do ataque incendiário que recebeu a Okupação Kouvelou na quinta-feira passada. A concentração na estação de metrô local durou muito tempo e foi acompanhada por um evento no mercado do bairro, onde foi distribuído o seguinte comunicado da Okupação.]

Tirem as mãos das okupações
Por volta da 3h da madrugada da quinta-feira, 15 de setembro de 2011, a Okupação Kouvelou, localizada na esquina das ruas Dionísio e Solon, no bairro de Marusi, recebeu um ataque incendiário. Como conseqüência do incêndio o telhado caiu e quatro salas do prédio também foram queimadas. A mansão Kouvelou, que está okupada desde 7 de abril de 2010, constitui o lar de nossas idéias políticas e a base da nossa ação política, e ao mesmo tempo funciona como um espaço social livre. Durante este período, como proposta de auto-organização e de solidariedade, funcionando com estruturas anti-hierárquicas, temos conseguido limpar a área da mansão e torná-la funcional, realizando eventos com conteúdo político, bem como intervenções na comunidade local com ações contrainformativas.
Em tempos de crise sistêmica (política, social, econômica, institucional), e enquanto são visíveis fenômenos de tensão e agitação social, o Estado opta por proteger-se, intensificando o grau de repressão para manter a sua posição de poder. O objetivo é "atacar" cada fragmento da sociedade que resiste a suas planificações. Os espaços políticos e as ocupações, como parte dessa luta, estão no centro das atenções do aparelho repressivo, que age contra elas com despejo, investigações e processos, que muitas vezes vão acompanhadas de finanças excessivas. E isso, por serem núcleos de processos políticos, de união dos lutadores e da coletivização de suas ações.
A atividade política de tais projetos, que aumentou recentemente na Grécia, é natural que se enfrente a vários grupos neo-fascistas. Alguns grupos que se molestam diretamente com as propostas apresentadas por esses projetos, como as de igualdade e a solidariedade entre todos os sujeitos sociais, sem discriminações e segregações. Os ataques incendiários contra espaços e centros sociais okupados são algumas táticas comuns deles, já que tem havido ataques a companheiros que nelas participam, que ficaram feridos. Além disso, não são poucas as vezes que vimos a sinergia do Estado e de grupos paraestatais em ataques de tipo mafioso, e não apenas aos movimentos políticos, mas também nos pogroms dos imigrantes, em passeatas, e assim por diante.
Concebemos, pois, o ataque incendiário sobre a Okupação da mansão Kouvelou como uma atitude esperada de nosso inimigo político, que pensa que uma ação como essa pode nos intimidar e enfraquecer a nossa comunidade política. No entanto, o fogo pode ter causado danos materiais, mas fortaleceu a nossa vontade e a nossa determinação em continuar a nossa luta como uma entidade política.
Finalmente, como parte do movimento anarquista, anti-autoritário, acreditamos que um ataque como este não é um ataque a um único grupo, mas um ataque a um movimento político mais amplo. Um movimento que, baseando-se nos princípios da solidariedade, se uni e resiste de uma maneira combativa a ataques fascistas deste tipo.
10,100,1.000 okupações, contra um mundo de tédio organizado!
Okupação da mansão Kouvelou, Maroussi.
http://epavlikouvelou.squat.gr/

agência de notícias anarquistas-ana
Laranjais em flor.
Ah! que perfume tenuíssimo...
Esperei por ti...
Fanny Dupré

domingo, 18 de setembro de 2011

[Campinas-SP] Okupa Timothy Leary - Entrevista para a radio Cordeu Libertario

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA 19/09



Para esta semana a Rádio Cordel Libertário articulou um bate-papo, onde poderemos ter a oportunidade de conhecermos de perto um novo espaço libertário, por isso não deixem de acompanhar e participar da programação desta semana.



22/09 - 5ªf: ENTREVISTA COM INTEGRANTES DO NOVO ESPAÇO LIBERTÁRIO Okupa Timothy Leary (CAMPINAS/SP)



Nesta quinta-feira daremos continuidade aos objetivos da Rádio Cordel Libertário, propagar/compartilhar ideias, experiências e iniciativas libertárias, e desta vez o bate-papo será com militantes libertárias/os de Campinas/SP, do novo espaço libertário OKUPA TIMOTHI LEARY, socializarão sua história, suas ações, princípios, o porque deste nome e também um pouco do cenário libertário da cidade de campinas e tantas outras coisas que surgem com a interação das/os ouvintes da rádio cordel libertário, por isso não deixem de divulgar e participar.

Faça parte da rádio cordel libertário
Faça parte desta Rede de Comunicação Libertária divulgando a programação para sua lista de e-mails e para toda sua rede social, e também se tiver algum contato ou conhecimento de algum Coletivo/Movimento Libertário/Anarquista existente, mande para a Rádio o e-mail, contribuindo assim de forma direta na programação e o fortalecimento deste meio de comunicação.
 
Durante as transmissões ao vivo as/os ouvinte poderão participar ativamente da programação, por meio de perguntas e reflexões através do chat presente no blog, ou mesmo AO VIVO. Quem quiser acompanhar/escutar as entrevistas que já ocorreram, elas já estão disponíveis no Blog na página PROGRAMAS ANTERIORES.


              LEMBRANDO
                          * 21:10 - Transmissão ao Vivo
                          * 09:00 - Reprise no dia seguinte
                          * 20:00 - Reprise das Transmissões da Semana nos Finais de Semana
 SAUDAÇÕES LIBERTÁRIAS
Rádio Cordel Libertário
A Rádio que Valoriza e Respeita a Liberdade e a Diversidade!
radiocordel-libertario.blogspot.com
 

sábado, 17 de setembro de 2011

[ Campinas - SP] Zona Autônoma Timothy Leary - Conversa sobre Feminismo e oficina de camisetas


Atividade do Coletivo feminista Campinas - Marcha das Vadias Conversa sobre Feminismos e pintura de camisetas com estêncil

Traga sua camiseta!

dia: sábado dia 17/09/2011 as 15:00 hs local: Zona Autônoma TimothyZona  Leary

inscrições:
contatocoletivofeminista@gmail.com

Preparando para Marcha das Vadias em campinas dia 24/09/2011 - veja chamada:
http://www.youtube.com/watch?v=Jg9HzYRaVwA
Saúde e anarquia!

[Grecia] Atenas: Ataque incendiário contra a okupa Kouvelou


Na madrugada de 14 de Setembro, por volta das 3h30, foi atacada a okupa Kouvelou, localizada no município de Maroussi, no norte de Atenas. O ataque incendiário provocou a queda do telhado e o incêndio de quatro quartos queimando totalmente os arquivos, objetos e os panfletos que estavam lá dentro. Cerca de 40 compas realizaram uma manifestação espontânea pelas ruas do bairro, jogaram dezenas de folhetos e intervieram também com pichações nas paredes da casa municipal de Maroussi.
Num comunicado, gente da ocupada mansão Kouvelou (ocupada por anarquistas/anti-autoritários a partir da data de 7 de abril de 2010) apelam a todas as okupas, centros sociais, espaços autogeridos e solidárixs para uma assembleia aberta na sexta-feira, 16 de setembro, no prédio da okupa.

Fonte Contra info

domingo, 11 de setembro de 2011

[Blumenau - SC] Evento beneficente a Flor do Asfalto


[Grecia] Tessalônica, : A intimidação policial contra os compas da okupa Libertatia


Pelo meio dia de sexta-feira, 9 Setembro 2011, mais de 100 unidades da policia motorizada grega tentaram intimidar os compas da okupa Libertatia, em Tessalônica. Também tentaram intimidar as pessoas solidárias que apareceram para a sua defesa, contra qualquer tentativa de desalojo.Invadiram o pátio da frente da okupa, apenas. Duas pessoas foram detidas fora da okupa e transferidas para a direcção geral da policia de Tessalônica, sendo libertadas logo a seguir.
Esta operaçãoo policial tinha como objectivo intimidar e aterrorizar uma das mais radicais partes do movimento social, somente um dia antes das várias concentrações e manifestações programadas, no contexto da septagésima sexta Feira Internacional de Tessalônica (TIF).
A presença de forças repressivas nas ruas de Tessalônica já é imensa. A partir de sábado, o tráfego será bloqueado nas ruas da baixa, e todos os veículos serão proibidos de se aproximar das instalações da TIF.
Este ano, o primeiro-ministro Giorgos Papandreou nem vai inaugurar a Feira devido aos temidos contra-protestos, dando uma palestra à porta fechada no Centro de Conferências Ioannis Velidis no sábado, 10 de setembro e na conferência de imprensa anual no Armazém C do porto da cidade, no domingo, 11 de Setembro.
Para as ruas, para acabar com o medo!
REVOLTA GENERALIZADA JÁ!

sábado, 10 de setembro de 2011

[Blumenau - SC] Squat korr-Cell ilhado devido as chuvas






As fortes chuvas que vinham ocorrendo a três dias consecutivos, afetaram novamente o estado de Santa Catarina, sendo Blumenau novamente a mais afetada. Esta foi considerada a maior cheia dos últimos 27 anos, totalizando ate as 19 horas de hoje mais de 280.000 afetados diretamente e indiretamente e 15 mil desalojados, que perderam tudo ou parcialmente tudo em ocasião de alagamento de suas moradias ou deslizamento de encostas. Nós do squat Korr-Cell também estamos sofrendo com estas conseqüências pois nos encontramos impossibilitados de  sair de casa por ocasião da cheia já que as ruas que dão acesso a okupa estão alagadas, estamos ilhados!  Felizmente o squat não foi afetado pela enchente e o que mais nos preocupava e sempre preocupa neste dias de enxurrada, é que atrás do espaço fica uma encosta, mas até o momento esta não demonstrou nenhuma rachadura o que nos deixa mais tranqüilos. 70 por cento da população já vem sofrendo com a falta do fornecimento de água e 15 por cento com a de energia elétrica. Temos água racionada há dois dias e esta situação se estenderá por muito mais, e uma alternativa que tínhamos que era em último caso, coletar água da chuva está descartada pois a chuva parou. Nosso rango( alimento) está acabando e não temos como sair pra manguear ou reciclar já que também os locais destes estão fechados. A partir de amanha  nossos bichinhos já começarão a sentir esta carência também. A cidade toda  está totalmente parada por tempo indeterminado e para piorar a situação os grandes supermercados e pequenos, padarias, feiras que de alguma forma vinham abrindo suas portas, elevaram os preços de seus produtos de uma forma abusiva e descarada.O preço da água, pra se ter uma idéia já vinha subindo mais de 500 por cento, momentos antes da previsão de cheia,  e já tinham depósitos de água e supermercados sem o fornecimento desta. Muitos visinhos nossos estão desabrigados e não temos visto por aqui pessoas ligadas a defesa civil ou qualquer outro departamento ligado a esta causa o que dificulta ainda mais toda a nossa situação e destes principalmente.
Todo este problema só tem dificultado ainda mais nossa situação perante a última visita no grata que recebemos no dia  1 de setembro  de algumas pessoas ligadas ao proprietário da casa. Ainda não conseguimos conversar com um advogado e ver alguma possível solução para o nosso caso.

                              
                            
                     Proximidades do Squat Korr-Cell ( video- altor desconlhercido) 




Por   C.    Squat korr-Cell

terça-feira, 6 de setembro de 2011

[Rio de Janeiro - RJ] Flor do Asfalto em alerta de desalojo!

No dia 5 de setembro as 19 horas,dois policiais chegam prepotentes na porta da ocupação FLOR DO ASFALTO com fuzis nas mãos gritando que atirariam na cachorra caso ela os mordesse,depois de ameaças de derrubar o portão abrimos a porta,eles pediram alguém com documento e entregaram uma notificação,esta do desalojo já marcada pra acontecer no dia 30 de setembro.
Diante de momento t
ão sensível,decidimos não cancelar nenhuma das atividades no espaço programadas pra este mês,pelo contrario,queremos efetiva-las com todo o tesão e energia que possamos,nossas propostas e nosso kotidiano não se enfraqueceram por conta desse alarme.
Chama-mos pela solidariedade internacional neste dia,que todxs as flores espinhosas manifestem sua raiva ao existente do modo que lhxs parecer mais interessante.
Enviamos um salve pra todxs xs compas que queiram vir partilhar desse momento de luta conosco,precisamos de apoio.
Que a solidariedade ecoe pelos quatro cantos....
Viver hoje no caos do porto, é como andar em uma corda bamba com os olhos vendados...
Mantemos o equilíbrio, mesmo sabendo que a queda é inevitável...
Formado por diversos coletivos inerentemente nômades, diversas mãos, energias e ganas pulsam e pulsaram por aqui, deixando essa terra aterrada cada vez mais fértil.
Mãos se calejaram, lagrimas escorreram, controvérsias, rupturas, desentendimentos e latências emotivas fluem e contaminam o ar, contaminam de rebeldia, questionamentos, esses ares tão densos do porto.
E hoje, nos selvagens, estamos ilhadxs num imenso mar de concreto, o Porto Maravilha nos cerca, nos sufoca.
Xs ocupantes, moradores vizinhos a Flor, aceitaram o acordo com a prefeitura e saíram com um aluguel de miséria nos bolsos e sem expectativas de uma moradia.
Agora onde antes viviam famílias pobres, vivem hoje operários, seguranças privados e maquina que destroem tudo, o inimigo mora ao lado.
Para nós movimentar-se, não cair na inércia tem sido a estratégia usada pra se contrapor ao presente momento, é nesse sentido que, de dentro dessa okupa, vociferam comunicados que explicitam o posicionamento de suxs ocupantes, visando a criação de laços de solidariedade que grite e ecoem mais alem das linhas imaginarias da cidade do Rio de Janeiro,já que os mesmos laços,em momentos como este,são sem duvida o maior arsenal que xs oprimidxs rebeldes podem encontrar.
Movimentar-se! Essa é a palavra! Convidamos a todxs aquelxs que já passaram e construíram vivencias de resistência ativa, que experimentaram novas formas de convívio, que desconstruiram(com êxito ou não) nesse pequeno oásis em meio ao caos do porto,pelo qual nos apaixonamos.....
Convidamos aquelxs que nunca pisaram nessa okupa,convidamos corpos libertários pra comemorar o quinto ano de amor e ódio na Flor do Asfalto.
Nesses cinco anos muitas coisas foram produzidas neste espaço por diversos coletivos com diversas combinações, pensamentos, estratégias e discórdias.
A Flor não é provavelmente, e não foi (pelo menos em longo prazo), o que cada um que passou por aqui gostaria que ela se tornasse.
A Flor é um organismo mutante, vivo, esquizo,um processo sem fim,uma potencia que nescessita das suas fragilidades como arma de mutação,como um vírus,uma enfermidade que fortalece a vida e cria anticorpos...
A Flor é o melhor de cada um... E o nosso melhor é também o nosso pior...
A Flor de fato não é um mundo ideal, mas sim a desconstrução do existente colocada em campos mais férteis,a desconstrução de uma utopia idílica,tem Utopia própria e é tão pautada na realidade quanto entregue as rupturas que se propõe.
Há quem sofra por experimentos mal sucedidos, há quem sofra por muitas vezes uma falta de prudência geral durante o processo, mas as ganas estão pulsantes, e cada pirata leva consigo o que deseja levar, se existem frustrações por demasiadas divisões: coletivo e individuo, eu e mundo; por demasiada rigidez, deve-se lembrar que a desconstrução e a ruptura não é fácil. Que nossa situação enquanto seres que tem ganas de libertar-se é precária, isso devido a nossa criação, devido ao nosso mundo e...
Aceitação, não acomodação e o cuidado para com nossas fragilidades é um primeiro passo para essa mudança que tanto desejamos.

Essa carta é um convite,um urro esbravejado dessa região litorânea,urro esse que voa a quatro ventos,a terras distantes,pra que outras matilhas venham.
Convite para os que viveram aqui,e para os que ainda não conhecem o espaço,essa carta também trás uma mensagem de apelo:

ESSE É O ÚLTIMO ANIVERSARIO DA FLOR
ISSO PORQUE DIANTE DA ATUAL AMEAÇA DE DESALOJO RESOLVEMOS ADIANTAR O ANIVERSARIO E COMEMORA-LO NO DIA 24 DE SETEMBRO,DIA DA GIG EM REPUDIO A REVITALIZAÇAO.
No mais um NANASMU bem forte e intenso a todxs que de diferentes cantos e de diversos modos estão direcionando suas energias na luta contra o existente.

A todxs xs Squats no Brasil que estão correndo risco de desalojo: 
Que o grito de resistência fale mais alto e ecoe em vossxs corações insubmissos!

MORTE AO ESTADO
VIVA A ANARKIA
UM DESALOJO OUTRA OCUPAÇÃO!!!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

[Rio de Janeiro - RJ] Genocídio e Espetáculo – Copa 2014 e Olimpíadas 2016 no Brasil

Algumas palavras sobre os processos vividos no Rio de Janeiro
dentro de uma perspectiva anarquista

O seguinte texto surge de uma reflexão coletiva realizada entre indivíduxs que circulavam na okupação anarquista Flor do Asfalto, que se situa no olho do furacão dos projetos de reurbanização e consequente endurecimento da repressão no Rio de Janeiro. A presente reflexão pretende contribuir, partindo de uma ótica anarquista, para o esclarecimento quanto aos processos de criminalização da pobreza e violência estatal declarada contra os movimentos de resistência rebelados frente a tais projetos.
Motivou muito a elaboração desse ensaio o seu poder de acrescentar mais elementos aos debates que já fervem no Rio de Janeiro e outras cidades, para que pessoas que não tiveram a oportunidade de vivenciar em suas próprias peles esta realidade tão particular possam, enfim, respirar um pouco desses ares. Essa iniciativa surge, também, com a intenção de contribuir para a guerra social, já que as estratégias do poder hierárquico já há séculos se reproduzem e se repetem em diferentes regiões e distintas épocas. Afinal, acreditamos que o que hoje se vivencia aqui pode ser nada mais que um estágio avançado dos próprios sintomas das grandes cidades, pelo menos no que diz respeito ao território controlado pelo Estado brasileiro.
Genocídio e Espetáculo
Rio de Janeiro, futura sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, emblemática metrópole erguida através de um paradisíaco e admirável ecossistema(1). Aqui é onde, em cada mínima fração de seus bairros e ruas, fazem-se evidentes os contrastes próprios do reino mercantil: espalhada por várias zonas da cidade, a pobreza gritante, a decadência profunda, o abandono administrativo em estado cru; em contrapartida, em outras regiões, o luxo higiênico faz a roupagem do cenário simulado e superficial de uma vida consumista e cômoda, constantemente vigiada por câmeras e policiamento ostensivo. Esse chão de tantas histórias, de tantas tramas conhecidas como parte de uma dita “história geral do Brasil”, é o palco onde também se produzem extremismos de caráter urbano que só neste lugar podem ser vivenciados, pelo menos na proporção em que se manifestam.
Segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – medida comparativa internacional para classificar o “desenvolvimento” econômico em âmbito territorial – na cidade do Rio convivem IDH`s de alguns dos bairros mais ricos do mundo, equivalente ao dos países mais acomodados da Europa, enquanto várias favelas têm o IDH equivalente ao de alguns dos países mais pobres do continente africano. A raiz disso pode ser encontrada no fato de sempre ter sido uma cidade onde coexistiram a extrema riqueza e a extrema pobreza, tendo sido um dos maiores portos de seres humanos sequestrados da África e vendidos como escravos. Além disso, durante 12 anos foi a capital do império português e, posteriormente à “independência”, foi a capital do Brasil até meados do século XX. Se antes os contrastes envolviam os palácios da nobreza e as senzalas e demais redutos negros, hoje ela se manifesta entre os opulentos bairros ricos – dignos de uma Beverly Hills – e as inumeráveis favelas.
A questão racial está inerentemente ligada à história do Rio de Janeiro. Se hoje existe uma política de barbárie assediando esta cidade, seguramente é por ela ser herdeira direta do regime escravista. Esse dado remonta ao momento da formação de um poder público autônomo e da própria constituição do Estado brasileiro. Com a chegada da família real portuguesa em 1808, a polícia carioca foi criada para edificar uma ordem pública que buscava enfrentar a população escravizada na rua, aterrorizando as pessoas negras e pobres com castigos físicos em público e eliminação física, além de combater a resistência que acontecia de diferentes maneiras, políticas e culturais, organizadas ou não. Desde as fugas rebeldes e consequentes formações de quilombos(2),  a capoeira, luta surgida na rua e ferramenta inseparável dxs negrxs revoltadxs, até revoltas organizadas que ocorreram ao longo de todo este período. A favela é filha e neta dessas resistências, berço de belíssimas manifestações culturais afro-descendentes, reduto de gente que nunca separou a luta do sorriso.
A origem das favelas no Rio de Janeiro remete a meados do século XIX, quando com o fim da escravidão uma parte das pessoas libertas se deslocou para a capital federal se fixando informalmente em lugares que passaram a ser denominados Favelas. O primeiro desses lugares a ser chamado de favela foi o Morro da Providência, localizado próximo à zona portuária, no centro do Rio, ocupado em 1897 por soldados negros do exército brasileiro, que  voltavam da Guerra de Canudos e haviam deixado de receber o soldo; sem condições financeiras, passaram a habitar o morro em barracos provisórios. O termo favela remonta ao arraial de Canudos, que estava situado na Bahia e havia sido construído num morro que tinha muitas plantas de uma espécie conhecida popularmente por Favela ou Faveleiro. Esta planta foi também encontrada no Morro da Providência e fez com que o mesmo inicialmente fosse denominado Morro da Favela. Com o tempo, o termo passou a ser usado para designar lugares de habitações populares. A favela, dentro da ótica urbana, é herdeira das senzalas, surge como um dos maiores expoentes do agudo segregacionismo, do isolamento, o refugo humano dentro de um regime que havia substituído o trabalho escravo pela escravidão assalariada, já que os tempos eram outros e exigiam novas formas de exploração.
Em contrapartida a favela é expoente da resistência cultural negra que seguiu se desenvolvendo, ambiente de manifestações culturais como o samba, a capoeira e as religiosidades afro-descendentes (como o candomblé e a umbanda), além de ser o hábitat natural da genuína malandragem. Portanto, o policial carioca é o capitão-do-mato moderno, que apenas substituiu o chicote pelo fuzil. Se antes a desvalorização da vida se traduzia na imagem dx negrx escravizadx, hoje passa a ser refletida na figuradx favelad
Camelôs enfrentam opressão da prefeitura com brava resistência
Camelôs enfrentam opressão da prefeitura com brava resistência
A Realidade Atual
O que se vivencia atualmente é uma guerra civil, num nível de conflito urbano armado inexistente na América Latina, camuflada como “guerra contra o narcotráfico”. As favelas estão sempre controladas pelos traficantes ou pelas milícias(3), e  mais atualmente pela polícia, que se utilizam de um arsenal de guerra para defender seu território. As balas do dia-a-dia são como arroz-com-feijão.
Seguramente a produção econômica na cidade gira em torno do turismo, sem dúvidas o Rio é uma das cidades mais turísticas do mundo. A “cidade maravilhosa” é feita de maravilhas para qualquer pessoa que usufrua de condições econômicas para consumi-las, a espetaculização e a maquiagem se fazem necessárias  para manter o ambiente da cidade confortável a essas pessoas. Esse quadro faz desencadear uma constante e cada vez mais acentuada criminalização da pobreza, que ocorre por diferentes frentes e por diferentes âmbitos no presente contexto, travestida como reformas urbanas e melhorias da qualidade de vida da população. Mas, efetivamente, são o encaminhamento de megalomaníacos projetos econômicos levados a cabo numa série de parcerias público-privada.
A realidade social do Rio de Janeiro torna cada vez mais explícita a linha tênue entre diferentes estratégias da gestão estatal, entre a ditadura e a democracia. Afinal, a tortura, a eliminação física e o encarceramento (que ganharam visibilidade no período da ditadura militar por atingirem setores da classe média), para x negrx, pobre e faveladx, sempre foram uma realidade. Num período de tão aclamada democracia são fatos que se tornam cada vez mais e mais presente. A partir das novas gestões do governo do estado (nas mãos de Sérgio Cabral Filho desde 2006) e da prefeitura da cidade (nas mãos de Eduardo Paes desde 2009), distintas táticas têm sido utilizadas, iniciativas que surgem por diferentes lados:
1) o combate ao trabalho de rua informal, que diante de tal realidade se torna uma das principais alternativas de sobrevivência as/aos que não têm dinheiro;
2) a retomada do controle de zonas antes controladas pelo narcotráfico;
3) os projetos de obras urbanas, como a revitalização da zona portuária;
4) a avassaladora presença de drogas como o crack, e mais recentemente o OXI, que reforçam o controle populacional.
Somando-se a todos estes elementos está o próprio extermínio de civis pelas mãos da polícia, justificado como baixas de guerra em meio a uma suposta guerra contra o tráfico, muitas vezes se utilizando dos chamados Autos de Resistência(4) para camuflar execuções sumárias. O que existe na prática é um genocídio silencioso, que além de atingir os supostos grupos visados, que seriam as facções do narcotráfico, atinge, sobretudo, toda a camada de pessoas que se encontra no meio da zona de conflito. As cifras de mortes em mãos de forças policiais no Rio de Janeiro são altíssimas, como as dos três últimos anos. Em 2008, foram 611 mortes; em 2009 foram 495; e em 2010 foram 545 – números que se aproximam à quantidade de pessoas mortas nas chuvas que atingiram a serra do Estado do Rio, em janeiro deste ano, considerada a “maior catástrofe natural” da história do Brasil.
Com cânticos sinistros de louvação à guerra, entoados em seus treinamentos, o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) não deixa dúvidas quanto à sua tarefa: “homem de preto/ qual é a sua missão?/ é invadir a favela/ deixar corpo no chão”; ou ainda: “vou me infiltrar numa favela/ com fuzil na mão/ vou combater o inimigo/ provocar destruição”. O BOPE foi concebido e adestrado para ser uma máquina de guerra e exterminar faveladxs. O fato de seu símbolo ser uma caveira não é meramente simbólico.
Um dos projetos pilotos do atual governo do estado, inserido na lógica de reestruturação e maquiamento da cidade, são as maquiavélicas UPP’s (Unidades de Polícia Pacificadora). Estas são unidades da polícia que através da invasão permanente estão retomando o controle das comunidades que antes estavam sob o controle do tráfico.
Coincidentemente ou não, todas estas comunidades são favelas em zonas de elevado interesse econômico como a zona sul e as áreas nobres da zona norte, além das demais zonas de interesses turístico/econômicos(5). As UPP’s surgem como o ápice da “guerra” ao narcotráfico, demarcam um momento em que o Estado finalmente estaria dando uma resposta mais efetiva e enérgica ao tráfico. A presença permanente da polícia na comunidade permite que a mesma aja com completa impunidade (uma espécie de estado de exceção não declarado), atuando descaradamente por meio da inconstitucionalidade, invadindo constantemente domicílios e aterrorizando moradorxs. A ironia é que em nenhuma comunidade onde atualmente existem UPP’s acabou-se efetivamente o tráfico: muito pelo contrário, mantém seu comércio vivo e atuante, embora ostente menos armas, agregue maior suborno para os policiais, sem tiroteios porém seguindo como sempre.
As UPP’s estão profundamente relacionadas com o processo de higienização sócio-econômica que está em andamento por toda a capital carioca, atuam como precursoras de um inovador processo de gentrificação(6) de áreas favelizadas. Após a sua intervenção, são cortadas as instalações clandestinas de energia elétrica e água, causando, desde o início, um aumento drástico do custo de vida nesses locais e a consequente evasão indireta da população pobre que antes habitava a área – uma espécie de despejo por etapas.
Na zona sul, barracos já são vendidos e alugados a preços altíssimos, ao mesmo tempo que processos de saneamento básico começam a ser efetivados onde antes não existiam. Mas a quem são destinadas essas “melhorias”? Logicamente, às novas pousadas (ou outras variações de negócios privados) e aos novos frequentadores do lugar: turistas e indivíduos da classe média.
Essas operações de chacina em massa, organizadas pelo Estado e suas parcerias privadas, só são inteiramente possíveis após a inserção nas comunidades do braço esquerdo dessas intervenções: as ONG’s. Incluídas no processo de contenção de danos, fica a cargo das instituições não governamentais a infiltração nas favelas com projetos de fundo de desenvolvimento social. A presença dessas organizações nas comunidades é, por sua vez, marcada por ambiguidades. Enquanto essas instituições “propiciam” desenvolvimento sócio-cultural localmente, está no pano de fundo de sua inserção seu caráter desde o princípio apaziguador, os lucros possibilitados pelas isenções fiscais e pelos investimentos transnacionais que muitas vezes compõem sua sustentabilidade, além de sua atuação no mapeamento e cadastro de moradores, induzindo-os também a assumirem o papel de delatores da comunidade. Há casos similares envolvendo os mais recentes programas sociais do governo federal junto às áreas urbanas consideradas como “áreas de risco” (que têm como piloto o programa Fica Vivo).
É nesse cenário geral de retaliações e invasão marcadamente militar que se insere o Choque de Ordem, iniciativa criada no início de 2009 pelo atual prefeito Eduardo Paes, organizada pela Secretaria de Segurança Pública, reunindo diferentes órgãos como a guarda municipal, polícias civil e militar, a Comlurb, a Secretaria de Habitação num conjunto de ações que visam a “restituir a ordem na cidade”. Focando-se sobretudo no combate aos/as camelôs, na remoção de moradorxs de rua, entre usuárixs e não usuárixs de crack, e nos inumeráveis despejos de moradias consideradas ilegais ou irregulares, como é o caso das ocupações urbanas e de favelas ou partes de favelas que estão sendo removidas por estarem situadas  no caminho dessas reformas.
O Projeto Porto Maravilha
O principal entre os atuais projetos de reurbanização dentro da cidade do Rio de Janeiro, com certeza, é o de revitalização da zona portuária, chamado Porto Maravilha, a maior iniciativa público-privada do Brasil, numa parceria entre governos municipal, estadual, federal e iniciativas privadas.Toda a região do porto foi privatizada, passando a ser gerida, nos próximos 15 anos, por três empresas privadas. Nas palavras do próprio prefeito:
“Qual é o sonho de toda empresa privada? Ter grandes lucros, constantes ao longo do tempo e sem risco. A Prefeitura do Rio está realizando esse sonho para três delas: OAS, Odebrecht e Carioca Engenharia, que juntas formam o consórcio gestor do Porto Maravilha. A engenhosa parceria público-privada (PPP) não pode ser vista de outra maneira: um repasse de dinheiro público para três grandes empreiteiras privadas, sem nenhuma vantagem aparente para o Estado”.
O projeto abrange uma área de 5 milhões de metros quadrados, que tem como limites as avenidas Presidente Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco e Francisco Bicalho. Passa por quatro bairros: Centro, Santo Cristo, Saúde e Gamboa. Os investimentos incluem a criação e implantação de museus, a construção de luxuosos estacionamentos para os cruzeiros turísticos, a construção de edifícios habitacionais de classe média, a construção do maior aquário da América Latina, além de novas sedes de bancos, incluindo o Banco Central. A primeira fase de obras se iniciou em 2009 e continua em andamento, com implementações de base como a instalação de novas redes de água e a reurbanização do Morro da Conceição. A nova fase de obras se inicia em 2011 e inclui a realização de investidas mais ambiciosas, como a demolição do elevado da Perimetral, localizado sobre a Avenida Rodrigues Alves. O objetivo é que se concluam todos os projetos de reurbanização até o ano de 2015.
Por baixo dos panos do dito projeto, uma série de empreendimentos repressivos e violações da dignidade das pessoas estão sendo cometidas sequencialmente. Por muitos anos a zona portuária foi uma das zonas mais desprezadas e cinzas da cidade do Rio de Janeiro, cenário de quase quatro séculos de histórias de derramamento de sangue e de resistência política e cultural, muitas vezes refúgio e alternativa para xs que encontraram na ocupação de imóveis ociosos um meio prático de obtenção da moradia. São inumeráveis os despejos que atingiram ocupações urbanas, além de casas na Providência, que serão removidas para a construção de um teleférico.
O morro da Providência conta com uma UPP desde abril de 2010, o que garante a “segurança” para o prosseguimento dos projetos. Além de tudo isso, incêndios misteriosos atingiram ocupações, comunidades (como a do Rato Molhado, na zona norte) e negócios informais (como o que foi provavelmente o maior desses incêndios, que consumiu o camelódromo da Central do Brasil, no dia 26 de abril do ano passado). De modo impressionante, este mercado popular ficava muito próximo ao quartel general do Corpo de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro, e mesmo assim o socorro demorou mais de uma hora para agir. Não era mágica o fato de a prefeitura já contar, desde antes, com planos de “revitalização” para o lugar.
Na prática, este projeto nada mais é do que um dos pivôs dos processos de maquiagem que estão tomando a cidade, é o preparo para os grandes eventos que estão por vir – Copa do Mundo 2014, Olimpíadas 2016. Como todas as operações higienistas, é a tomada, por parte das classes mais ricas, de uma zona antes ocupada por camadas de menor renda.
Não é possível saber ao certo que tipos de mazelas ficam como legados de empreendimentos tão atrozes e imediatistas. Mas há, sim, previsões possíveis de serem sugeridas, por saltarem como obviedades a qualquer olho minimamente atento. As perguntas que mais inquietam ficam abafadas pelos anos “promissores” dos mega-eventos de 2014 e 2016, num cenário desastroso de ignorância, medo e sabatinas turísticas.
O aturdimento fica acalmado pelo fanatismo nonsense de um esportismo crescentemente publicitário, enfiado na onda de marketing de guerra que coloca na ordem do dia o extermínio aberto a serviço do cumprimento de metas do mercado de ações da construção civil e da especulação imobiliária. Num futuro não muito distante, passado o entorpecimento dos jogos, ficarão as heranças de questões propositalmente mal-resolvidas, acúmulos deixados pelo descaso, que só mesmo a guerra social declarada pode suprir.
Até lá e desde agora, já assumimos uma posição: nossa recusa é irredutível – o futuro já é agora.
A Okupa Flor do Asfalto
“Desprezíveis perambulam de um porto a outro. Diante do maquinário pesado, observam com certo desgosto os muitos olhos de um futuro deixado para depois. Rumores de colapso, dias de guerra… minutos de paixões cavados do subterrâneo, das ilhas e das ruas. Há o cais do porto, mas há também portos alucinados./ No caos do porto tremula, em pano preto-desbotado, uma bandeira pirata, agitada pelo vento da maré e pela velocidade das máquinas… e sabe-se que é por ali que vagam esses renegados. De porto a porto, ‘cospem fumos de cigarro’ – talvez haja mais a se fazer do próprio pigarro do que de qualquer moral civilizada”.
(Coletivo Casa Aberta … piratas enfermos não dizem nada…)

Okupa Flor do Asfalto
Surgida da iniciativa de diferentes pessoas do meio libertário, foi ocupada no dia 17 de outubro de 2006, na Av. Rodrigues Alves, a Flor do Asfalto, tendo como proposta, para além de um espaço de moradia coletiva, de ser um espaço de criação política e contracultural. A partir daí, diferentes iniciativas e projetos passaram a germinar neste lugar, como a organização de uma biblioteca, ateliês de arte e serigrafia, um herbário, entre distintas práticas visando uma vivência mais sustentável e em maior harmonia com a terra, com a manutenção de hortas e de um sistema agroflorestal. Nestes quase 5 anos muitas foram as iniciativas e atividades desenvolvidas na Flor, desde oficinas e conversas até festas e apresentações de bandas. A Flor assume publicamente sua postura de confrontamento frente à realidade existente, suas relações de poder e políticas opressivas, trazendo à tona a necessidade de retomada da vida por aquelxs que estão se movimentando em seu interior e a guerra experimentada em cada mínima instância da existência.
As diferentes rupturas e alternativas com esse mundo se fazem não só como alternativas em si, mas também como enfrentamento, intervenção na realidade, um posicionamento radical em meio ao olho do furacão. Atualmente, a okupação está com seus dias contados por se situar exatamente na zona que abarca a nova fase de obras do projeto Porto Maravilha. Será um dos próximos alvos das investidas que precedem as obras. Por manter firmeza no rechaço à existência do Estado e de demais aparelhos repressivos, que se pode ilustrar na polícia, não se considera a possibilidade de diálogo ou acordo. Ainda que considerando, em certas ocasiões, tal possibilidade, sempre se teve em conta que o jogo das leis é parte do jogo do inimigo.
Movimentar-se, não cair na inércia, tem sido a estratégia usada para se contrapor ao presente momento. É nesse sentido que, de dentro desta okupa, vociferam comunicados que explicitam posicionamentos de suas/seus okupantes, visando à criação de laços de solidariedade que gritem e ecoem mais além das linhas imaginárias da cidade do Rio de Janeiro, já que os mesmos laços, em momentos como este, são sem dúvida o maior arsenal que oprimidxs rebeladxs podem encontrar.
NOTAS
(1) O ecossistema onde se situa a cidade do Rio de Janeiro é o da Mata Atlântica, que já foi a segunda maior Floresta Tropical da América do Sul, atingindo toda a zona litorânea do Brasil e chegando até a Argentina e o Paraguai. Hoje, existe apenas 10% do que foi um dia este bioma. Ainda assim, permanece como um dos ecossistemas de maior biodiversidade no planeta.
(2) Quilombos são as zonas autônomas existentes em muitas áreas território brasileiro, de grande concentração de descendentes daqueles africanxs escravizadxs há séculos. Surgiram como aldeias criadas por negrxs fugidxs e rebeladxs, normalmente em zonas mais afastadas da cidade, mas também em perímetros urbanos, criando uma economia de subsistência mas também mantendo uma constante conflitividade e ataque ao regime escravista. O primeiro, e com certeza o mais expressivo, foi o de Palmares, situado na Serra da Barriga, em Alagoas, que durou mais de cem anos entre os séculos XVI e XVII. Muitos dos que ainda existem têm a legitimidade de sua herança dessas terras reconhecidas em escrituras e legitimada através das lutas desses povos. Alguns dos recentes empreendimentos de reurbanização se baseiam na declarada intolerância diante desses dados e dessas provas históricas, e literalmente tratoram comunidades quilombolas, expulsando-as de suas terras sem consideração alguma dessas escrituras e da história de resistência quilombola.
(3) Milícias são os grupos paramilitares formados por policiais, ex-policiais, bombeiros, dentre outros, que tomaram o controle clandestino de várias favelas.
(4) Juridicamente seria a justificativa para a tomada da ação violenta por parte de policiais. A execução se tornaria consequência da resistência ofensiva por parte do “criminoso”.
(5) Existem projetos específicos para o complexo do Alemão, entre outras favelas, que consistem na instalação de teleféricos nas comunidades, para que turistas tenham uma vista panorâmica da região.
(6) Gentrificação ou “nobilização” (do inglês gentry, grosseiramente nobreza, em português): intervenção urbanística que atua mediante a reocupação de regiões da cidade, baseada em planos de “enobrecimento urbano”, na expulsão de camadas mais pobres para que uma classe média re-habite o local. Um termo também muito cunhado, principalmente pelos movimentos de resistência a essas operações, é “higienização”, que traz à luz o aspecto classista de “faxina” social implicado nessas medidas. Essas políticas urbanísticas vêm acompanhadas de várias outras medidas sociais que assegurem sua eficiência, muitas das vezes se tornando uma declarada guerra contra a gente pobre que antes habitava essas áreas, um verdadeiro massacre anunciado. Alguns urbanistas utilizaram o ambíguo e perigoso termo “regeneração”, pois, para além de sua conotação classista, em algumas cidades essas medidas assumem caráter evidentemente racista. São programas gentrificadores os mesmos que os governos e suas parcerias privadas chamam de “revitalização”, e que no Rio de Janeiro se identificam no truculento Choque de Ordem.
Fontediasemcompras
Também aqui: pracalivrebh

[Natal - RN] Comunicado Squat Taboca

Mais uma vez o poder demonstra sua verdadeira face. Mesmo entre aqueles que se dizem "revolucionários sociais", se estão atrelados à ânsia e ao fetiche pelo poder, os resultados não poderiam ser outros. A história nos mostra, o cotidiano confirma.
Recentemente em Natal/RN passamos por uma experiência política muito interessante: diversos setores de lutas sociais saem da realidade virtual (Orkut, Facebook, Twitter) para agir diretamente nas ruas, denunciando e protestando contra a atual administração municipal, encabeçada pela prefeita Micarla de Sousa. Nasce então o Movimento #ForaMicarla.
Como forma de pressionar e adiantar esse processo de luta o Movimento #ForaMicarla decide ocupar a Câmara Municipal de Natal (CMN), até que se instalace um CEI (Comissão Especial de Inquérito) para investigar as irregularidades da gestão municipal e sua prefeita.
O movimento também assumiu um caráter de autogestão, horizontalidade e pluralidade. Não existiam nenhum centro de poder, que decidia e organizava tudo, mas tudo era decidido e organizado por todos, através de plenárias horizontais e comissões descentralizadas. Participavam estudantes, trabalhadores, desempregados, artistas, socialistas, comunistas, anarquistas, tanto pessoas partidárias, como apartidárias, etc.
E como estavamos em processo de ocupação de um prédio público, o poder constituído da CMN, fez todas as tentativas para desocupar o prédio, fosse por bem, fosse por mal, através de acordos frajutos, provas falsas para tentar desarticular e desmoralizar o movimento, colaboração da mídia corporativa, a eminente repressão policial, etc. Todos nós gritavamos: "ocupar, resistir produzir!", ou então, "daqui não saio, daqui ninguém me tira!".
Para tanto, ensaiamos formas de resistência pacífica e com o apoio de uma boa comissão jurídica, conseguimos permanecer no prédio até que os principais objetivos da ocupação fossem cumpridos: a audiência pública e a instalação da CEI.
Foram 11 dias de resistência, tensão, aprendizado, diversão, conflitos e coragem. O Movimento #ForaMicarla continua se organizando e lutando pela derrubada de uma prefeita corrupta e comprometida.
Agora, nós do Squat Taboca - Centro Social Okupado - estamos ocupando a antiga sede da UMES (União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas) que estava abandonada há vários anos,pela própria falência da instituição, pelas rixas partidárias e pela burocracia.
Depois que iniciamos essa nova ocupação, desde Julho/2011, todos os partidos políticos, principalmente aqueles que se dizem "socialistas" e "revolucionários", voltaram suas atenções para nossa ocupação.
Nesse pouco tempo que estamos lá, demos vida a esse espaço, oferecendo oficinas diversas, como oficinas de macramê, grafite, poesias, muay tay, entre outras, sempre contando com a participação e apoio da vizinhança.
Mas obviamente, os partidos não poderiam perder um prédio de uma instituição tão importante, não podiam perder o controle das massas estudantis, pois eles querem impor seu poder em cada segmento, em cada brecha, seja onde for: sindicatos, associações estudantis, conselhos de bairros, movimentos sociais, etc.
Stalinistas, Trotskistas, Sociais Democratas, todos são adoradores do poder, (assim como a Direita) e não podem permitir a autonomia e a independência dos movimentos sociais, podendo correr o risco de perder suas credibilidades, seu controle e sua massificação sobre os grupos de lutas sociais (geralmente objetivando a conquista nas eleições políticas). Obvio, que sempre tem aqueles que realmente se empenham em fazer uma luta honesta e verdadeira, estes merecem meu respeito, mas também minhas críticas.
Esses "heróis" dos partidos, farão de tudo para tomar o prédio de volta, assim como aqueles opressores que queriam nos desalojar da CMN. Para isso, os partidos já deram os primeiros passos: a realização do 16 Congresso da UMES (CONUMES), para se rearticularem e tomar o prédio de volta.
O interessante desse congresso é que a UMES é uma entidade apenas para atender as necessidades dos estudantes secundaristas, e não temos nada contra os estudantes se auto-organizarem e utilizarem de sua sede para suas lutas, entretanto, este congresso estava repleto de marmanjos de partidos (majoritariamente partidários da UJS) e por uma massa de estudantes secundaristas (pré-adolescentes e adolescentes sem nenhum tipo de posicionamento político e sem saber sequer porque estavam ali, a não ser pelo "oba oba"), a maioria doutrinados e manipulados pela UJS.
A UJS - União da Juventude Socialista (Juventude ligada ao PCdoB) exibiu um show de oportunismo, manipulação, doutrinamento e massificação, que além de usar os estudantes como "laranjas" para seus fins políticos sujos e oportunistas, ainda não deu voz à nós, ocupantes do prédio, e cerceou nossa participação nesse congresso.
Assim, como a UJS conseguiu utilizar massivamente os estudantes "laranjas" a seu favor, sairam ganhando a diretoria da UMES. Agora eles estão tentando a todo custo retomar o prédio para eles.
Nós, okupantes do Squat Taboca, não queremos tomar o prédio dos verdadeiros estudantes secundaristas, estaremos sempre abertos para o diálogo e suas propostas.
Entretanto, devemos questionar: se a UMES é uma instituição dos estudantes auto-organizados ou é uma instituição controlada por um partido manipulador, que utiliza as lutas estudantis e sociais para seus fins? Quantos estudantes sabem o que é, e para que serve a UMES?
Exigimos a autonomia e a independência dos estudantes em relação à todas as formas de poder, inclusive das cúpulas partidárias.
Assim, em respeito aos verdadeiros estudantes, decidimos no final do mês de setembro entregar o prédio de volta. Mas que fique registrado nossa indignação contra o aparelhamento dos partidos e que os verdadeiros estudantes combatam esses pelegos dos partidos.
Não vemos nossa atitude como fracasso, mas pelo contrário, nossa resistência não foi nula, pois mostramos na prática que podemos construir outras novas formas de viver e lutar.
Okupações são zonas autonomas temporárias, nunca se tem a preocupação de durar para sempre, pois se tornaria algo estático, e queremos uma vida fluída, que se dure enquanto for necessária, mas que nunca dar uma continuição artificial.
Outras okupações estão vir, não só de espaços abandonados, mas okupações de tempo, de espaços, de pensamentos, de nossas próprias vidas, com liberdade, autonomia, solidariedade e socialização.



sábado, 3 de setembro de 2011

[Squat Korr-Cell] Kontra Atake / Resista!


Okupar

Okupe tua vida
Teus dias
Tuas horas
Minutos e segundos que te cercam
Okupe o vazio que te deram
Que te circumdam
Okupe os limites que te impuseram
Okupe os limites que te determinam
Que evitas
Okupe tuas mãos que te fazem fraco
E os braços que cruzastes
Okupar
Cada geração repete o formidável drama. 
O consolo e desencanto, condicionado a ser mazela do estupendo espetáculo. 
Multiforme, cuja regra - fatal derradeira - 
ofusca o íntimo combate aos tribunais superiores da propriedade privada.

Direito de okupar
O direito de resistir
O direito de usar
Produzir, usufruir
É o direito seu
De viver em comunidade
Som da banda HÚMUS

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

[Blumenau - SC] Squat Korr-Cell em risco de desalojo



Olá a todxs!!!

       É com um feu muito amargo na boca que viemos lhes trazer este informe desagradáve!

        Hoje dia 1 de setembro ou seja, agora a pouco por volta das 14:30, cinco homens que se identificaram sendo um deles do cartorio - acreditamos ser do cartorio de imoveis -,  um engenheiro, dois dos quais não conseguimos indentificar e um advogado representante da familia - segundo o advogado dizia representar os herdeiros e o interesse da familia e do imóvel (da casa) - disseram que esta teria sido vendida sendo em seguida demolida no prazo de 30 dias, que era o tempo que tinhamos para desocupar a casa.  Já o engenheiro tentava nos oferecer dinheiro a todo o instante, com o qual segundo ele poderíamos comprar um terreno em outro local com escritura e tudo e que poderíamos levar todo o entulho da casa( squat) e construirmos outra, a eles interessava somente o terreno. Nos defendemos alegando vários fatos, inclusive que tinhamos conhecimento jurídico da casa e de nossos direitos.
       A conversa tomou um rumo nervoso quando um destes sacou o celular e bateu uma foto de um dos ocupas da casa. Quando pedimos que  deletasse a foto  este fez de conta que o tinha feito. Insistimos que nos mostrase o celular para termos a certeza que tinha mesmo deletado, como ele não quis e começou a se afastar do portão,  a conversa tomou um rumo extremo e um dos ocupas saiu correndo para dentro do espaço para pegar a chave do portão e ao abri-lo. A tentativa  era tirar das mãos deste a maquina e deletar a foto  nem que fosse a força. Foi quando os cinco sairam correndo, atravesaram a rua, entraram em seus carros e sairam cantando pneu. Nossos nervos se exaltaram com a situação e um estado de choque seguido de um desanimo total nos tomou. Mesmo assim conseguimos entrar imediatamente em contato com um advogado que nos orientou seguindo o que tinhamos lhes contato. Segundo o nosso advogado deveríamos ficar tranquilos já que estes não tinham em mãos nenhum documento, e nem nós assinado papel algum.  Não sabemos ao certo qual será o proceder destes indivíduos com a casa, se é somente uma especulação imobiliária, uma ação cível e legal dos proprietários. Fizemos uma consulta via internet sobre o advogado já que este nos deixou seu cartão, e constatamos que realmente ele é quem diz ser. Em seguida ligamos de um celular anonimo nosso ( atraves deste não tem como identificar o endereço ou nome de algum de nos)  para o advogado do proprietário do imóvel na tentaiva de fazermos umas sondagens especulativas e com isso descobrir algo a mais, já que quando estiveram aqui a poucas horas atrás não houve um dialogo mais prolongado. Segundo as informações do advogado via celular o proprietário da casa não quer nos tirar a "força da casa", mas sim, está disposto a uma conversa (pois sabe de nossos direitos já que estamos há quase 6 anos no espaço) e indenização ou uma troca por um terreno em outro local, como também, todo o entulho disponível da casa (até aqui nada de novo além do que já havia nos falado pessoalmente). Segundo o advogado, a casa tem uma dívida de 40 mil reias com a prefeitura devido ao  i.p.t.u atrasado e que por este motivo foi feito um acordo entre o proprietário do imóvel e prefeitura e esta dívida foi quitada e por isso o proprietario já conseguiu um comprador (pessoalmente falou que já havia vendido a casa...) e que  também a casa está realmente em processo judicial na questão inventário, e isto leva mais tempo para nos retirar da casa e eis o motivo da tentativa de  aproximação.
        Já entramos em contato com um ex ocupa, cujo pai é advogado, e marcamos uma conversa para sabado( 03/09) a tarde.
       Ate então não temos uma idéia concreta do que realmente iremos fazer. Mas até o presente momento a idéia é resistir aos passos que as coisas caminharem.

       Enfim a curiosidade e ansiedade nos toma por inteiros.
       Infelismente fomos pegos de surpresa, além de sermos poucos no espaço para nos movermos com tal situação.

A todxs xs Squats no Brasil que estão correndo risco de desalojo: 
Que o grito de resistência fale mais alto e ecoe em vossxs corações insubmissos!


Por: Squat Korr-Cell