domingo, 23 de novembro de 2014

Porto Alegre - RS - Bra ) Espaço Cultural Chaminé em Risco de Desalojo.

   

O Espaço Cultural Chaminé CONVOCA AMIGXS E COMPANEIRXS para participar da festa resistência 

 Em virtude da liminar de reintegração de posse concedida pela (in)Justiça, sem direito a contestação.
No domingo, iremos fazer uma festa de resistência, para nos fortalecermos para as próximas empreitadas e na segunda-feira umadesalojo cultural, para denunciarmos a (in)Justiça, a especulação imobiliária e reivindicar o direito à cidade, a moradia digna e a cultura gratuita e de qualidade.




DOMINGO

A partir das 19:00 vai rolar música com amigxs, musisitxs, arteirxs
Amigos confirmados
Banda A Chaminé a todo o vapor...
Kalunga Quilombola e a música negra
Josué Santos Farias tocando MPB
Germán Álvarez , Ciro Ferreira, Fernando Leider e Marcelo Eguez com músicas popular Latino-Americanas
Paz Berti quebrando tudo com Funk Libertárix
Peh Luiz Gabriel com Rap protesto
Alan Floyd fazendo sons da C.I.R.C
Putinhas Aborteiras com músicas feministas AnarcaFunk e AnarcaRap
música Latino-Americana
E muitos outros que irão confirmar ou chegar no "palco" aberto...

Segunda-feira
A reintegração será efetivada às 8:00, segundo a oficial de (in)Justiça com força policial, iremos fazer uma resistência cultural e convidamos os amigos e mídias independentes para fortalecer a resistência e o direito universal a moradia...

Ficaremos até às 8:00 da manhã cantando e dançando no aguardo da oficial de (in)Justiça!

VENHAM RESISTIR CONOSCO...

Carta da Ocupação Espaço Cultural Chaminé

Nós moradores, educadores, promotores culturais e artistas da Ocupação Espaço Cultural Chaminé denunciamos mais uma medida arbitrária da (in)Justiça do Rio Grande do Sul que beneficia a especulação imobiliária dos latifundiários urbanos de Porto Alegre. Sem notificação e sem direito a contestação a in(Justiça) concede a 2° reintegração de posse em menos de 4 anos de um imóvel abandonado a cerca de 10 anos pela empresa Mottin Participações S.A., dona de aproximadamente 10 imóveis somente na quadra e nas redondezas desse prédio localizado na Rua Comendador Azevedo, 379.
Nos últimos dois meses o prédio foi transformado em espaço de vivências, oficinas, reuniões e, também, possibilitou a promoção de eventos gratuitos para toda comunidade nos dias da feira modelo que ocorre na praça Florida. Em contraponto com os interesses dos proprietários que, sendo donos de quase toda a quadra, gostariam de demolir os imóveis para a construção de torres comerciais, impedidos somente pelo prédio que ocupamos, porque esse se encontra listado para tombamento.
Percebendo, mais uma vez, a voracidade da (in)Justiça do Rio Grande do Sul em defender os interesses particulares de uma minoria que lucra com a miséria da maioria da população, viemos por meio desta carta questionar e exigir o direito de vivenciar a cidade para Juventude que é marginalizada pelas políticas publicas.
Quais os espaços de sociabilização, cultura, lazer para os jovens de baixa renda?
Para que(m) serve 48,6 mil imóveis abandonados, sendo a sua maioria localizada na região central da cidade de Porto Alegre, enquanto a população é expulsa para as periferias? Onde ficam os direitos a moradia digna para todx e qualquer cidadão?
A cidade perde mais um espaço cultural e de acesso à população. Além dos moradores do espaço cultural, a comunidade Floresta perde como um todo, principalmente as pessoas em situação de rua – moradores de rua, as transexuais e a comunidade empobrecida da parte inferior da Farrapos - que estavam tendo acesso a atividades culturais gratuitas, a novas vivências, resgatando sua autoestima.
Exigimos que os espaços abandonados públicos e privados sejam transformados em locais de moradia e educação, cultura e arte. Tendo como ponto central o direito à moradia digna, pois dessa forma disputaremos, contra ganância dos artífices da especulação imobiliária, essa Reforma Urbana que vem sendo imposta pelos latifundiários urbanos a favor dos seus interesses individuais e expansionista de seus lucros e de suas posses.
O coletivo que se formou na Ocupação Espaço Cultural Chaminé seguirá sua luta. Em busca de moradia digna, de um espaço cultural que contemple as diversidades artísticas e um espaço de vivência e criação, tão temido pelo sistema capitalista que busca a escravidão das mentes e dos corpos.

OCUPA, RESISTE E PRODUZ!

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