De 27 a 31 de agosto 2014, faremos da okupação um tema de debate.
Vamos compartilhar juntos nossas experiências, debater, tomar as ruas – e
que comece a ação!
As razões para okupar são muitas e diversas: protestar contra o
constante aumento dos aluguéis; evitar que se derrubem edifícios;
atender a necessidade de estabelecer espaços anticomerciais e
autogestionados; construir centros sociais para oferecer oficinas de
arte, de bicicletas, de serigrafia, para viver, e um longo etc.
As casas ao nosso redor estão vazias.
Muitas pessoas estão dormindo em casas de amigos ou quartos pagando
um preço altíssimo, nas ruas, em parques, debaixo de pontes, em abrigos,
em albergues, em fábricas abandonadas, etc.
O custo de vida sobe, os bairros têm que enfrentar processos de
gentrificação, espaços alternativos estão em perigo e, embora alguns
tenham resistido, outros foram perdidos. Há, portanto, razões
suficientes para entrar em imóveis que estão vazios, como para evitar os
despejos.
Urge encher esses vazios outra vez com vida, dar uso a esses espaços
nos dá a possibilidade de viver uma vida mais autogestionada. As casas
okupadas podem ser um lugar para viver a utopia, e a vida que nós
escolhemos, ser um espaço de trabalho ou reunião de grupos e
iniciativas, uma tentativa de cooperar juntos para o ensaio e o erro, ou
tentar dar resposta aos problemas conhecidos e por conhecer.
Costuma-se entender as okupações como ataques a situação política,
como símbolos contra as políticas capitalistas existentes em matéria de
habitação, e como tal, para conectar a luta por suas casas com a luta
por uma vida mais digna.
Mas como podemos aumentar as possibilidades de sucesso quando se
okupa? Quais são as razões que nos impedem de okupar as casas? E como
podemos implementar, levar a prática as nossas ideias, fazê-las
realidade? Quando encontramos interesses comuns e aprendemos com nossas
experiências podemos evitar muitos erros, e assim inspirar e ajudar uns
aos outros. Juntos podemos enfrentar os nossos medos e nos levantar
contra a criminalização e a repressão.
Mexam-se!
Assumindo as nossas diferenças e contradições, em nossas formas de
luta, de viver e de debater, os “Squatting Days” serão uma oportunidade
para nos beneficiarmos de tudo isto. Temos muito a aprender, debater,
questionar e muitas experiências por viver.
Mostrando-o através de publicações de décadas passadas, lendo livros
ou assistindo filmes, em conversas com pessoas implicadas nestes
contextos, o movimento okupa estará presente em toda sua extensão.
Esperamos ansiosos a possibilidade de analisar a okupação tanto
teoricamente como na prática com todas as pessoas envolvidas neste
processo. Atitudes ou comportamentos autoritários, como o racismo, o
sexismo, a homofobia ou o antissemitismo, em nosso entendimento, estão
claramente contra o diálogo construtivo sobre as relações sociais e não
terão espaço aqui. Queremos um processo solidário com estratégias e
conceitos para implementá-lo na prática. Tecendo uma rede para manter
contato e assim estabelecer laços fortes e duradouros para construir
algo juntos.
No sábado, 30 de agosto, será o “dia de ação” em Hamburgo, assim como em qualquer outro lugar, comecemos algo!
Vamos lá!
Nós encorajamos você a iniciar a discussão agora. Nos encantaria
receber textos, informes, perguntas, ideias, contribuições decorrentes
de debates, sejam individuais ou de grupos ou projetos. Escreva, grave
vídeo ou programas de rádio, e envie para nós: squattingdays [at] riseup [dot] net. Use a sua estadia no “Squatting Days” em Hamburgo para estabelecer contatos, realizar oficinas, espalhar o conhecimento.
Não importa se você viveu ou vive atualmente em uma casa okupada, se
você tem ou não experiência okupando casas, se você gosta de festas em
edifícios abandonados, se você está sob ameaça de despejo ou fazendo
campanha pelo direito à moradia, se está à procura de uma casa ou se
começou agora a ter interesse em casas vazias e as possibilidades de seu
uso alternativo.
Venha para Hamburgo!
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