domingo, 8 de junho de 2014

( Barcelona - Espanha] Terceira Noite de Protestos Contra o Despejo do Centro Social Autogestionado Can Vies

Cerca de 7.000 pessoas se reuniram nesta quarta-feira no bairro de Sants, em Barcelona, em um protesto contra o despejo e posterior demolição do Centro Social Autogestionado Can Vies.
 
Ontem, 28 de maio, foi mais um dia de luta nas ruas de Sants e da Catalunha. Mais de 50 concentrações foram convocadas por toda a Catalunha, Ilhas Baleares e Comunidade Valenciana. Ao todo, milhares de pessoas foram às ruas. Por exemplo, cerca de 500 pessoas em Valência; 250 em Girona; 200 pessoas em Lleida, Sabadell, L’ Hospitalet e Vic; 150 em Tarragona e Manresa; 100 em Terrassa e Igualada… e assim por diante.
Apesar da chuva que caiu em muitas partes da Catalunha, a combatividade em alguns lugares foi alta, com bloqueios de ruas e numerosas ações. Em Vic, por exemplo, aconteceu um piquete (escracho) na casa do Ministro do Interior, Espadaler.
Em Barcelona, foram chamadas numerosas concentrações contra o despejo sofrido pelo Can Vies. Em diversos bairros se formaram grandes colunas que se dirigiram a Sants. A maior foi a coluna da Gràcia-Vallcarca, que reuniu entre 1.500 e 2.000 pessoas.
Quando as colunas chegaram a Sants, mais de 3.000 pessoas que já estavam ali se juntaram ao protesto, o que encheu a “Plaza e a Carretera de Sants”. A partir desse momento, mais de 7.000 pessoas estavam reunidas, tornando-se até agora a maior concentração-manifestação. O ato foi acompanhado em todos os momentos por numerosos vizinhos que batiam as panelas desde suas casas, juntando-se simbolicamente a mobilização.
Às 21h30 a manifestação se dirigiu para a sede do distrito municipal de Sants. O local estava ocupado por um grande contingente de Mossos d’Esquadra (polícia catalã), que desta vez utilizaram um canhão sônico. Eles advertiram que a manifestação era ilegal e que teria que ser dissolvida. Uma vez que eles lançaram duas granadas de fumaça [lacrimogêneo, segundo alguns] começaram as primeiras investidas das forças de segurança.
Uma pessoa ficou ferida no olho por um pelotaço. Parece que não perdeu o olho, mas permanece internada. Disseram que as balas eram não letais. Esta noite houve 28 prisões confirmadas. Adicionada as duas de segunda-feira [dentro do Can Vies] e as seis da terça-feira. Os incidentes de ontem duraram até altas horas. Cenas de terror foram vividas no bairro com a polícia antidistúrbio batendo em vizinhos e manifestantes.
Também a noite, foram atacadas dois locais de CiU e dois da TMB (empresa de transporte proprietária do prédio da Can Vies).
Novos protestos para os próximos dias estão a ser divulgados nas redes sociais

( Barcelona - Espanha ) Segunda Noite de disturbios Depois do Desalojo e Demolição da okupa Can Vies

Na segunda-feira passada, ao meio-dia, a Prefeitura de Barcelona desfraldou um grande dispositivo policial para desalojar o prédio. Desde então, têm-se multiplicado as manifestações de solidariedade dos vizinhos e resistência através de manifestações e revoltas de rua.
Durante toda a manhã e à tarde desta terça-feira, e pela segunda noite consecutiva, manifestantes voltaram a montar barricadas nas ruas e incendiar contêineres de lixo.
Um grupo de manifestantes incendiou a escavadeira que estava sendo usada para derrubar o Centro. Também foram queimados vários contêineres de lixo da praça e da rua de Sants, que forçaram o bloqueio do trânsito. Uma unidade móvel da televisão catalã TV3 também foi queimada.
Antes dos incidentes, cerca de 500 pessoas estavam se manifestando em um protesto contra o desalojo e demolição do Can Vies com a cumplicidade de dezenas de vizinhos que estavam nas varandas com panelas e aplaudindo.
Aos gritos de “Se tocam Can Vies tocam em todos nós” ou “Bairro combativo”, os manifestantes caminharam pelas ruas do bairro sob o olhar atento de vários agentes policiais, que em seguida investiram contra eles causando ferimentos graves em algumas pessoas, que tiveram que ser hospitalizadas.
Estão sendo convocados para o dia de hoje (28 de maio) vários protestos em diferentes bairros de Barcelona e outras cidades espanholas.

( Grécia- Katerini ) Ataque Incendiário Fascista a um Espaço Okupado Anti-Autoritário

[Na quinta-feira, 22 de maio, uma sala dentro de um prédio abandonado na periferia de Katerini e utilizada por antiautoritários da cidade para suas assembleias, recebeu um ataque incendiário. Abaixo está uma breve informação, baseada no boletim informativo que eles publicaram em um site de contrainformação sobre este ataque.]
Na quinta-feira, 22 de maio, o espaço ocupado em que acontece a assembleia dos antiautoritários da cidade de Katerini recebeu um ataque incendiário. A ocupação deste espaço não foi tornada pública, mas os antiautoritários da cidade, depois de ocupá-lo, fizeram a reabilitação do local e o transformaram em um lugar para realizar suas reuniões. Trata-se de um espaço localizado dentro de um grande prédio abandonado na periferia da cidade de Katerini. O edifício há muitos anos é um ponto de encontro e de experimentação entre os jovens da cidade (skatistas, grafiteiros, etc.), já que conta com espaços abertos unitários. As assembleias dos antiautoritários são celebradas ali já tem alguns meses. Devido ao mau estado do edifício, bem como a distância do espaço do centro da cidade, não poderia ser algum tipo de local ou centro social aberto ou ponto de encontro. Por isso ele nunca foi divulgado.
Na quinta-feira, 22 de maio, à noite, a porta improvisada foi quebrada e os autores do ataque pintaram uma suástica em uma parede e atearam fogo. O fogo queimou por completo a sala, e foi necessária a intervenção dos bombeiros para que o fogo não se propagasse para o resto do edifício. É claro que o ataque foi feito por fascistas-neonazistas e já era mais ou menos esperado, já que a presença política dos antiautoritários na conservadora cidade de Katerini ultimamente é forte, com colagem de cartazes, distribuição de folhetos antifascistas, antieleitoral e antiautoritário.
Os antiautoritários da cidade apontam que esses ataques não os assusta, mas que lhes exasperam. Exasperam-lhes tanto como essa parte da sociedade local que autorizou a instalação da sede do partido fascista Aurora Dourada no centro da cidade, a penetração da ideologia fascista nas escolas e a instalação do seu pavilhão eleitoral na principal rua de pedestres, entre os partidos direitistas e esquerdistas. Essa apatia em uma cidade envelhecida (literalmente, devido à ausência de uma universidade ou outro incentivo para que os jovens permaneçam nela, e moralmente devido ao conservadorismo predominante) é em que se baseiam os fascistas para espalhar o ódio nazista.
Os antiautoritários citam que o ataque incendiário foi muito simples, já que é fácil de atear fogo a um edifício que está no meio do nada, e que foi destruído várias vezes no passado. Eles insistem, dizendo que este ataque não vai detê-los e que continuarão com a sua ação política. Os processos coletivos estão acima das paredes e dos muros.



( Barcelona - Espanha ) Tumulto na Manifestação de apoio a Can Vies pelo Centro de Barcelona

Milhares de pessoas participaram de uma marcha pelo centro de Barcelona em protesto pelo desalojo e demolição parcial do centro Can Vies do bairro de Sants. A marcha se dissolveu após as 22 horas e, como nas noites anteriores, aconteceram importantes incidentes e repressão policial. Tal e como se tinha previsto, várias marchas, com origem em diferentes pontos da cidade, confluíram esta tarde [31 de maio] às 19 horas na Praça Universitat e a partir dali percorreram várias ruas nos bairros de Paral·lel e del Raval, em uma demonstração de solidariedade com o coletivo que ocupou este edifício nos últimos 17 anos.
A marcha ocorreu de forma pacífica até a metade de La Rambla quando um amplo dispositivo dos Mossos d’Escuadra [polícia catalã] impediram que os manifestantes completassem o percurso da passeata até Colón. A comitiva se desviou então por outras ruas até a Avinguda de les Drassanes e a próxima Rambla del Raval. Após a intervenção policial e os enfrentamentos o saldo desta nova batalha na rua foi de pelo menos dois detidos, que se somam aos mais de 60 presos estes dias.
Os organizadores calculam que foram mais de 20.000 pessoas as que se somaram à reivindicação ao longo do percurso, segundo informaram através do Twitter.
A principal marcha tinha como ponto de partida o próprio centro social de Can Vies, onde no meio da tarde um grupo de castellers [grupo que faz castelos humanos], levantaram um pilar em solidariedade e no qual esta manhã fizeram uma reconstrução simbólica. Logo, já na Praça Universitat, se agregaram vários grupos de cidadãos contra o desalojo e derrubada do edifício ao grito de “Resistência”. O volume da concentração obrigou nesse momento a interromper brevemente o tráfico no trajeto da Gran Vía próxima à Praça Universitat.
Os simpatizantes do centro social Can Vies, uma alternativa social em Sants enraizada a mais de 17 anos, querem realizar com a manifestação de hoje uma mostra da força de apoio a sua atividade, e exigir a absolvição dos detidos, a demissão do prefeito, Xavier Trias, e do conselheiro do distrito, Jordi Martí, e recuperar a autogestão do centro. Em um “gesto conciliador”, o prefeito parou ontem a demolição do imóvel.

fonte :  http://noticiasanarquistas.noblogs.org/page/2

[ Hamburgo - Alemanha] Venha para o Squat Days




De 27 a 31 de agosto, faremos da okupação um tema de debate. Vamos compartilhar juntos nossas experiências, debater, tomar as ruas – e que comece a ação!
As razões para okupar são muitas e diversas: protestar contra o constante aumento dos aluguéis; evitar que se derrubem edifícios; atender a necessidade de estabelecer espaços anticomerciais e autogestionados; construir centros sociais para oferecer oficinas de arte, de bicicletas, de serigrafia, para viver, e um longo etc.
As casas ao nosso redor estão vazias.
Muitas pessoas estão dormindo em casas de amigos ou quartos pagando um preço altíssimo, nas ruas, em parques, debaixo de pontes, em abrigos, em albergues, em fábricas abandonadas, etc.
O custo de vida sobe, os bairros têm que enfrentar processos de gentrificação, espaços alternativos estão em perigo e, embora alguns tenham resistido, outros foram perdidos. Há, portanto, razões suficientes para entrar em imóveis que estão vazios, como para evitar os despejos.
Urge encher esses vazios outra vez com vida, dar uso a esses espaços nos dá a possibilidade de viver uma vida mais autogestionada. As casas okupadas podem ser um lugar para viver a utopia, e a vida que nós escolhemos, ser um espaço de trabalho ou reunião de grupos e iniciativas, uma tentativa de cooperar juntos para o ensaio e o erro, ou tentar dar resposta aos problemas conhecidos e por conhecer.
Costuma-se entender as okupações como ataques a situação política, como símbolos contra as políticas capitalistas existentes em matéria de habitação, e como tal, para conectar a luta por suas casas com a luta por uma vida mais digna.
Mas como podemos aumentar as possibilidades de sucesso quando se okupa? Quais são as razões que nos impedem de okupar as casas? E como podemos implementar, levar a prática as nossas ideias, fazê-las realidade? Quando encontramos interesses comuns e aprendemos com nossas experiências podemos evitar muitos erros, e assim inspirar e ajudar uns aos outros. Juntos podemos enfrentar os nossos medos e nos levantar contra a criminalização e a repressão.
Mexam-se!
Assumindo as nossas diferenças e contradições, em nossas formas de luta, de viver e de debater, os “Squatting Days” serão uma oportunidade para nos beneficiarmos de tudo isto. Temos muito a aprender, debater, questionar e muitas experiências por viver.
Mostrando-o através de publicações de décadas passadas, lendo livros ou assistindo filmes, em conversas com pessoas implicadas nestes contextos, o movimento okupa estará presente em toda sua extensão.
Esperamos ansiosos a possibilidade de analisar a okupação tanto teoricamente como na prática com todas as pessoas envolvidas neste processo. Atitudes ou comportamentos autoritários, como o racismo, o sexismo, a homofobia ou o antissemitismo, em nosso entendimento, estão claramente contra o diálogo construtivo sobre as relações sociais e não terão espaço aqui. Queremos um processo solidário com estratégias e conceitos para implementá-lo na prática. Tecendo uma rede para manter contato e assim estabelecer laços fortes e duradouros para construir algo juntos.
No sábado, 30 de agosto, será o “dia de ação” em Hamburgo, assim como em qualquer outro lugar, comecemos algo!
Vamos lá!
Nós encorajamos você a iniciar a discussão agora. Nos encantaria receber textos, informes, perguntas, ideias, contribuições decorrentes de debates, sejam individuais ou de grupos ou projetos. Escreva, grave vídeo ou programas de rádio, e envie  para nós: squattingdays@riseup.net. Use a sua estadia no “Squatting Days” em Hamburgo para estabelecer contatos, realizar oficinas, espalhar o conhecimento.
Não importa se você viveu ou vive atualmente em uma casa okupada, se você tem ou não experiência okupando casas, se você gosta de festas em edifícios abandonados, se você está sob ameaça de despejo ou fazendo campanha pelo direito à moradia, se está à procura de uma casa ou se começou agora a ter interesse em casas vazias e as possibilidades de seu uso alternativo.
Venha para Hamburgo!
Squatting Days
squattingdays.noblogs.org

[Grécia Atenas ) Ataque com Disparos de arma de Fogo Contra o Centro Social Vox



Na terça-feira, 3 de junho de 2014, o Centro Social Okupado K*Vox recebeu um
ataque com disparos de armas de fogo. A seguir publicamos o texto que foi publicado no Indymedia de Atenas após o ataque. Queremos acrescentar ao mencionado no comunicado de Vox, que segundo várias testemunhas, um pouco antes do ataque ao Vox, as mesmas pessoas dispararam contra a velha Escola Politécnica, situada a pouca distância do Vox.
 
Publicamos esta informação sobre os disparos na velha Escola Politécnica, assinalando que ainda não está confirmada e verificada. Se é certo, e dado que este lugar é usado por muitos grupos, coletivos, iniciativas e projetos do movimento anarquista, antiautoritário e libertário, para realizar assembleias e palestras, é provável que os mafiosos quiseram enviar uma mensagem a todos estes movimentos e não só ao espaço Vox. Seja como for, a resposta é que nenhum ataque mafioso, estatal ou paraestatal, pode intimidar, aterrorizar o movimento anarquista e aos lutadores sociais.
Na terça-feira, 3 de junho de 2014, por volta das 2h30, umas pessoas desconhecidas dispararam pelo menos cinco vezes na entrada principal do Centro Social Okupado K*Vox. Duas das balas penetraram a porta de enrolar exterior e romperam a porta principal de cristal. Afortunadamente naquele momento não havia nenhum companheiro dentro da okupação.
Ultimamente o Centro Social Ocupado Vox, junto com vizinhos, coletivos e lutadores sociais do bairro, tomaram uma série de iniciativas para a realização de ações contra as máfias e o tráfico de drogas no bairro de Exarchia, o qual se faz com a tolerância e a cobertura da Polícia. Na quarta-feira, 28 de maio de 2014, realizou-se uma assembleia massiva com a participação de habitantes, trabalhadores e coletividades de Exarchia. Foi tomada a decisão de criar uma assembleia popular em Exarchia, e de realizar uma concentração e marcha na quinta-feira, 5 de junho de 2014, como início de um ciclo de ações contra as máfias e seus protetores estatais. Cremos que os disparos contra K*Vox dois dias antes desta concentração e marcha, constituem uma tentativa desesperada dos narcotraficantes de intimidar o movimento e a comunidade local. Estes, em colaboração com a Polícia, querem converter o bairro em um gueto.
Vale a pena mencionar que doze horas depois do ocorrido, temos recolhido os cacos do ataque que recebemos, assim como o que aconteceu em outros casos de conflitos armados entre mafiosos no bairro, quando os cacos os recolhiam os habitantes do bairro, já que a Polícia, que colabora com os ciclos mafiosos, nestas situações têm uma atitude de inércia provocadora.
K*Vox, desde o primeiro dia de sua existência, se opôs à aliança entre a Polícia e a máfia no bairro de Exarchia, e a transformação do bairro em um gueto. Muitas vezes, companheiros do espaço Vox se colocaram no ponto de mira da Polícia e das máfias, assim como, por uma grande parte dos meios de desinformação massivos. Ademais, não se passou muito tempo, desde que três companheiros do Vox foram citados pela Direção Geral da Polícia de Atenas, como suspeitos, tendo como único indício uma “chamada anônima” que os relacionava com uma intervenção anarquista em Exarchia contra o tráfico de drogas.
Como não conseguiram aterrorizar-nos com o cerco policial no edifício (abril de 2012), com os cercos a nossas casas (janeiro de 2014), as citações (abril de 2014) e as ameaças constantes contra nós, agora se valem das balas de uns pistoleiros covardes.
Nada do anteriormente citado pode aterrorizar o movimento.
Chamamos as pessoas lutadoras e solidárias à concentração e marcha, na praça de Exarchia, na quinta-feira, 5 de junho de 2014, às 18h.
O texto em grego:
https://athens.indymedia.org/feature/10088/

Fonte ; http://noticiasanarquistas.noblogs.org/

domingo, 1 de junho de 2014

( Madri - Espanha ) Manifestação em Alcorcón em Apoio aos Centros Sociais Okupados.

Quinhentas pessoas marcharam na tarde de ontem, nas ruas de Alcorcón em uma manifestação de apoio a todos os centros sociais e condenou o despejo da Eskuela Talher  em 7 de abril. A manifestação foi organizada pelo CSO Eskuela Talher e apoiada por uma dezena de organizações, centros sociais e plataformas, incluindo Solidaridad Obrera e a CNT núcleos Alcorcon e Leganés.